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Notícias

  29/02/2012 

AFBNB reafirma luta em defesa do BNB e pelos direitos dos trabalhadores

Os funcionários do Banco não estão nada contentes com a possibilidade de terem sua PLR rebaixada

O Banco divulgou em meados de fevereiro o seu balanço. Como é do conhecimento de todos, o resultado (lucro de R$ 314,7 milhões em 2011) foi bem aquém do esperado. No mesmo dia da divulgação do balanço, um jornal cearense publicou nota intitulada “Adeus, patinho feio”, na qual afirmava que o BNB fechou 2011 tendo aplicado um total de R$ 21 bilhões. A nota dizia: “Segundo o presidente da Instituição, Jurandir Santiago, resultado tão significativo (grifo nosso) que está fazendo a Instituição buscar o BNDES como parceiro para obter mais recursos e ter condições de atender a demanda crescente na região. Para Jurandir, foi-se o tempo em que o Nordeste era visto como patinho feio no País”.

A conta desse “resultado tão significativo” a que o presidente se refere com tanta ênfase não bate com os lucros irrisórios apresentados, apenas 0,38% maior que o lucro do ano anterior. O que teria havido? Parece que algum gato comeu, só não se sabe quem é o gato... Na divulgação do balanço não é citada nenhuma linha dos motivos das provisões, sem qualquer nota explicativa detalhada a respeito. Para a AFBNB, isso é muito preocupante, uma vez que na nossa análise, um dos fatores para o aumento da provisão é o modelo de gestão praticado no Banco, somado a operações fraudulentas – algumas sendo investigadas e outras por investigar, conforme casos apurados pelo Ministério Público Federal, já socializado pela AFBNB (leia aqui).

As denúncias são várias e as mais absurdas! Para se ter uma idéia, há registro de que após inventário realizado nas agências, descortinou-se um cenário de arrepiar: foi constatada significativa quantidade de operações nas quais a cédula de crédito correspondente simplesmente não existia (perdeu-se, extraviou-se, sabe-se lá que fim levou). Conforme orientação do Banco Central (BACEN), isso configura situação de risco na medida em que, caso o cliente deixe de pagar, o Banco não poderá executar a dívida por não ter o instrumento de crédito.

Para não fugir ao ditado da corda arrebentar no lado mais fraco, esse conjunto de fatores citado acima poderá repercutir no trabalhador: desrespeitado, desvalorizado e injustiçado ao final das contas, apesar do esforço, dedicação e abnegação das mãos e mentes que tocam o trabalho no dia a dia. Isso porque esses resultados podem ser utilizados como subterfúgios para um possível rebaixamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), hipótese a partir da qual não trabalhamos. É de exclusiva competência do Banco vir a público informar oficialmente e explicar qualquer que seja a medida nesse sentido. Paradoxalmente, não se percebe qualquer preocupação do Banco com custos ou aumentos de despesas quando são criadas superestruturas com superintendências, ambientes, funções, inclusive com nova (s) diretoria (s) como já se comenta nos bastidores, quem sabe para abrigar algum amigo do rei!

Preocupada com as considerações levantadas e a gravidade que o assunto enseja, a AFBNB se debruçou sobre os números e elaborou a análise abaixo, na qual mostra que em 2011 houve um aumento colossal de produtividade do trabalho, considerando o número de trabalhadores (que cresceu 3% de 2010 para 2011) e a receita financeira, cujo aumento foi de 37,7%. A Associação enfatiza que, se deve haver punição – e a entidade defende veementemente que os culpados (diretos e/ou indiretos, por ação ou omissão) por esta sangria nos cofres do Banco respondam judicial, administrativa e criminalmente por seus atos – esta não deve ser direcionada aos funcionários!

Resultados BNB 2011

A análise de viabilidade financeira de uma instituição bancária está fortemente relacionada à sua capacidade de obter retorno sobre seus ativos. Assim, qualquer flutuação negativa em seus resultados, comparados neste teor, pode ser um forte sinal de alerta que a instituição está começando a enfrentar problemas de ineficiência operacional.

Conforme consta na sequência, pode-se afirmar que um indicador de eficiência pode ser sua margem líquida de juros medida pelas receitas menos despesas de intermediação financeira sobre os ativos totais. A seguinte análise trata da peça contábil: BNB – Demonstração de resultados de 31 de dezembro de 2011 e de 2010.

Para se elaborar uma análise de interesse prático imediato- PAGAMENTO DA PLR -, selecionou-se as seguintes contas agregadas da referida demonstração, por seus pesos importantes, sempre observando suas interrelações na formação do resultado: DESPESAS DE PESSOAL, RECEITAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA e DESPESAS DE INTERMEDIAÇÕES FINANCEIRAS, OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS E OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS. Destaque-se que toda a análise que virá abaixo se baseou em dados oficialmente reconhecidos como reais.

A) DESPESAS DE PESSOAL: NÃO É A CULPADA PELOS RESULTADOS!

A conta de custos (trabalho) teve um crescimento nominal de 6,05%, abaixo da inflação do período (6,50%) e, portanto, uma queda real do seu valor na formação dos custos operacionais da instituição. Uma leitura horizontal dos balanços comparados 2010/2011 mostra uma expressiva participação positiva do TRABALHO dos funcionários na formação do valor do BNB:

(1) - Enquanto as receitas cresceram - RECEITAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (37,70%) e OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (25,57%) -, as DESPESAS DE PESSOAL cresceram, como já colocado, somente 6,05%. Estes resultados ainda nos conduz a um outro indicador favorável ao trabalho: o aumento da produtividade.

(2) - Na posição 2010, havia 5.993 empregados e 3.510 terceirizados, totalizando 9.503 trabalhadores. Em 2011, havia 6.077 empregados e 3.695 terceirizados perfazendo 9.772 trabalhadores. Logo, considerando-se que o número de trabalhadores cresceu 3% e a receita financeira 37,7%, houve um aumento colossal de produtividade do trabalho.

B) RECEITAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA e DESPESAS DE INTERMEDIAÇÕES FINANCEIRAS: FLAGRANTE DESEQUILÍBRIO!

Constata-se desequilíbrio, em termos de resultados, entre as operações ativas e passivas  na formação do resultado final do BNB. Isso pode ser explicado pelo muito expressivo aumento de duas rubricas de custo das referidas despesas: Operações de Captação no Mercado (crescimento 77,41%) e Operações de Empréstimo e Repasses (crescimento 78,78%). Estas importantes contas cresceram muito mais que proporcionalmente às receitas (37,70%), portanto, duas contas que sangraram extraordinariamente o esforço promovido pelos funcionários de aumentar as receitas da instituição.

O desequilíbrio retratado acima precisa ser resolvido, sendo de única e exclusiva competência da administração do Banco, responsável pela gestão das operações ativas e passivas do BNB e sua relação custo/benefício, que ora se encontra ineficiente.

C) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS E OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS: OUTRO DESEQUILÍBRIO!

O crescimento  de 25,57% na rubrica OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS comparativamente ao crescimento de 34,56% apresentado na rubrica OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS, retrata outro ponto de sangria e demonstração de ineficiência, onde novamente os custos marginais superam as receitas marginais no período.

Como conclusão, auferimos que o ônus de um resultado insatisfatório não pode, sob nenhuma hipótese, recair sobre os ombros dos trabalhadores, que merecem o pagamento de uma PLR plena!

- Pela valorização dos trabalhadores!

- Pela defesa de nossos direitos!

- Pela gestão eficiente de todo processo operacional do BNB!

Fonte: AFBNB
Última atualização: 01/03/2012 às 15:41:58
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Comentários

Enviado por carlos augusto rodrigues costa em 14/06/2012 às 15:53:52
Meus sinceros parabens a essa associação pela luta que vem empreendendo em defesa dos funcionários do BNB e mais defendendo a reputação da maioria dos funcionários, e agora, no desvio dos 100 milhões de reais. O importante é saber como esse desvio pode servir de base na nossa luta por aumento de salários de ativos e aposentados. A eterna desculpa de falta de recursos não cabe mais. Chega de desculpas evasivas.
Enviado por Antonia Glaciene Duarte Queiroz em 13/03/2012 às 16:10:39
Gostaria muito de saber porque é tao difícil de reitengrar aquelas pessoas que foram demitidas sem justa causa, na época do Byron Queiroz. Por favor não esqueçam dessas pessoas.
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