Uma notícia vem causando revolta entre os empregados do BNB. O banco que em 2011 teve lucro de R$ 313,6 milhões pode deixar os funcionários sem PLR (Participação nos Lucros e Resultados) neste ano. Isso porque o ganho foi reduzido em 32% ante 2010, quando o resultado chegou a R$ 459 milhões.
Apesar de ainda não ter sido confirmada pela empresa, a informação, da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, tem deixado os bancários preocupados. É que muitos contam com o benefício, conquistado depois de muita luta, para quitar as despesas do início do ano, como IPTU e IPVA.
Diante de um possível calote, o Sindicato da Bahia articula, junto com outros sindicatos e mais a Federação dos Bancários, uma mobilização para forçar a instituição financeira a apresentar alternativas. Até porque a queda não se justifica, uma vez que a economia brasileira está estável, a inflação controlada e não há risco de a crise financeira mundial chegar ao país.
Tem mais, todos os grandes bancos em atuação no Brasil, inclusive os públicos, batem recorde de lucratividade a cada ano. Ou seja, não tem porque o BNB reduzir tão drasticamente o ganho e ainda transferir os prejuízos para os empregados.
Desculpa
O movimento sindical coloca em questão a desculpa do banco para a redução na lucratividade, que, segundo a empresa, caiu devido a provisões para passivos trabalhistas.
A verdade é que a empresa exagera na terceirização, os gastos cresceram 45% e passaram de R$ 128,9 milhões em 2009 para R$ 178,7 milhões em 2010, nas campanhas publicitárias, que somaram R$ 33,9 milhões e ainda com as promoções, relações públicas e publicações, que saltaram de R$ 15,5 milhões para R$ 20,9 milhões no mesmo período.
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