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Notícias

  27/02/2012 

Nada justifica o fechamento de uma agência

No BNB é uma novidade a cada dia. O que poderia ser positivo, no entanto, vem recheado de incertezas e indefinições, e o “novo” acaba sendo mais temido do que aguardado com ansiedade. Uma das “novidades” agora é o possível fechamento da agência de Brasília, em curtíssimo prazo, além da especulação de que a do Rio de Janeiro poderá ter o mesmo destino posteriormente. Até o momento informações extra-oficiais dão conta de que no caso de Brasília não se tratam de especulações, mas de fato já direcionado pelo Conselho de Administração do Banco. O “pai” da idéia, entretanto, não apareceu, mas se sabe que a medida é de inteira responsabilidade da Diretoria do Banco, tendo esta, deliberado por maioria.  A que interesses tal medida atende e o que isso representa em termos de estratégia do Banco, entretanto, ainda não se sabe, mas a realidade de que não há visão estratégica, está notória. Não há justificativa para uma medida dessa natureza!

Ainda que houvesse um estudo técnico, que levasse em consideração, não o economicismo puro, mas uma atitude coerente, amadurecida, a partir de uma estratégia desenvolvimentista cujo foco fosse os benefícios para a região e a justiça social, que apontasse em resultados momentâneos insatisfatórios nestes aspectos, não se aplicaria diante da premente necessidade da representação institucional e até mesmo operacional do Banco nas regiões além polígono das secas. No entanto, algumas perguntas não querem calar:  Houve tal estudo? Quem o elaborou? A partir de quais premissas se basearam? Como ficam os funcionários lotados nessa agência? Isso faz parte de uma estratégia maior de reestruturação das agências? Que estratégia seria essa e com que objetivos? É ordem de qual Ministério? Da Presidência da República? São inúmeros os questionamentos em torno da questão. No lugar das respostas, desinformação, falta de transparência nas informações, disse-me-disse, vulnerabilidade institucional, insegurança dos funcionários, os quais ficam angustiados  e temerosos!

 Ao que parece, a justificativa da Diretoria do BNB se baseia no prejuízo dado pela agência. O embasamento legal que se fala nos bastidores seria a lei de criação do Banco, que restringe a concessão de empréstimos do BNB a pessoas físicas ou jurídicas que não sejam estabelecidas no “Polígono das Secas” ou que não tenham atividades na referida área (Lei nº 1.649, de 19 de julho de 1952). Para a AFBNB, isso  não tem fundamento; já foi superado, haja vista não só a manutenção das agências de São Paulo e de Belo Horizonte, como a orientação, pode-se dizer recente, do Governo Federal, para que o CrediAmigo do BNB estivesse presente na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. Vê-se, então, que a questão é política. Além do que, o BNB é um banco múltiplo.

 Entendemos que as situações que podem levar ao fechamento de uma agência exigem um debate amplo e consubstanciado. Precede a essa precipitação como atitude prioritária, prévia e fundamental, a discussão do papel da agência extrarregional,  que inclusive contemple a sua redefinição. Defendemos e acreditamos que a finalidade de uma agência extrarregional não seja essencialmente dar lucro, mas sim prospectar novos negócios para o Banco, captar novas fontes de recursos a serem aplicados na região Nordeste e identificar projetos inovadores que possam contribuir para o cumprimento da missão Institucional, além de ser uma “ponta de lança” da ação do BNB no centro das decisões políticas da Nação como é o caso específico de Brasília.


Nossa preocupação maior é que essa medida acabe por representar um “tiro no pé”, e acarrete vulnerabilidade ao Banco, haja vista a possibilidade de a justificativa do lucro puramente econômico ser compreendida como elemento central da sua avaliação, em especial, no seio de quem tem o poder político e,  em função disso, ser estendida às demais agências. É óbvio que não somos a favor do prejuízo, mas também não acreditamos no lucro por si só.

 A AFBNB reafirma seu compromisso de luta pelo fortalecimento do Banco a partir de quatro eixos principais: aumento do capital social, aumento do funding  de recursos, aumento da capilaridade e a valorização dos funcionários. O Banco precisa se expandir! O modelo de gestão deve ser repensado e as alternativas de atuação do Banco para viabilizar a sua missão, também! Defendemos, como colocado na Carta Compromisso com o Desenvolvimento Regional, entregue à Presidenta Dilma, que até 2014 o Banco dobre em número de agências.

Esperamos que esse assunto seja tratado de forma transparente e não precipitada; que a discussão seja amadurecida, embasada em estudos, e não tomada a toque de caixa, para atender a quaisquer que sejam os interesses. Queremos mais cuidado, zelo e respeito no trato ao Banco do Nordeste do Brasil e a seus trabalhadores.

Preocupada com os desdobramentos, a partir das considerações levantadas nesta mensagem, informamos que já foram encaminhados ofícios com pedido de audiências com o Presidente do BNB e com o Presidente do Conselho de Administração, com a urgência que o caso exige.
 

Fonte: AFBNB
Última atualização: 28/02/2012 às 15:37:42
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Comentários

Enviado por JORGE LUIZ em 08/03/2012 às 17:47:16
Não é normal, o Brasil esta vivendo momentos economicamente positivos o Banco do Nordeste trazendo noticias de fechamento de agências, sera que o momento não é para abrir novas agências? Sera antes de fechar qualquer agência não seria necessário um estudo técnico para identificar os motivos para tal atitude? Foi feito este estudo? o resultado foi negativo?
Enviado por Benebeano em 29/02/2012 às 11:49:26
Lamentável, deprimente e neoliberal essa atitude descabida da direção do Banco em fechar Agências, quando o correto seria expandir o número de Agências para tornar o BNB mais volátil. Se a Agência de Brasília não está direcionada para o foco do Banco, que este trabalhe na ótica de investir em créditos comerciais e em captação de recursos a fim de torná-la numa Agência voável.
Enviado por Anonimo em 28/02/2012 às 23:15:13
É lamentável o que diz a nota pois enquanto todos os outros Bancos abrem novas agencias, crescem anualmente seus lucros, o BNB na contramão, apresenta resultados que não merecem nem divulgação e por fim fecha agencia. Enquanto a direção não definir uma estratégia, a começar pela modernização de nossos obsoletos sistemas e coragem na tomada de decisão...
Enviado por Sérgio em 28/02/2012 às 19:52:15
Em pensar que este governo é trabalhista e que a atual diretoria foi nomeada por este mesmo governo, é dar calafrios. Aeroportos já estão sendo privatizados, rodovias idem, quem sabe mais o que esta por vir ? Eu torço para que os sindicatos rompam logo com as armarras do poder burguês. Enquanto nossos colegas estiverem com altos cargos nas estatais, os desmontes não vão acabar.
Enviado por alci em 28/02/2012 às 15:58:33
Muito boa a nota, digna de ser colocada na cabeceira e nas mesas dos diretores e presidente do Banco, além de todos os gestores da Instituição para que se possa pensar sobre a importância de termos a compreensão exata de qual Banco nos, funcionários, estamos defendendo enquanto missão a ser realizada. Pensar o estratégico parece ser fundamental nesse momento da Instituição.
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