A farra dos bancos está com os dias contados. É o que a presidente Dilma Rousseff está de olho nas altas taxas de juros cobradas pelas empresas e estuda medidas para acabar de uma vez por todas com os abusos.
O spread bancário (diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro e quanto cobra para emprestar) é o principal alvo do governo federal. A verdade é que não há justificativa para que o custo de empréstimos se mantenha tão alto, principalmente com a constante redução da Selic.
De acordo com a presidente, como o Banco Central sinalizou que vai manter as taxas básicas de juros em queda (hoje estão em 10,5% ao ano), deixando-as mais próximas do padrão internacional, está na hora de pressionar as organizações financeiras a baixarem o que cobram tanto de empresas quanto de pessoas físicas, especialmente nos cartões de crédito.
A medida do governo vem na hora certa, quando as lucratividades são anunciadas. Mais uma vez os bancos mostram que vão muito bem, batendo recordes de ganhos.
Dos privados que já divulgaram o resultado de 2011, o Itaú aparece em primeiro lugar, com lucro de R$ 14,6 bilhões, o Bradesco vem em seguida, R$ 11,19 bilhões. Na terceira posição, o Santander, com R$ 7,75 bilhões. O Safra registrou lucratividade de R$ 1,25 bilhão no ano passado. |