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Na manhã de ontem, 2 de fevereiro, a AFBNB, representada pela presidenta Rita Josina e pelos diretores Assis Araújo e Dorisval de Lima, se reuniu com a superintendente de Microfinanças Urbana e Micro e Pequenas Empresas (MPE) do BNB, Anadete Apoliano, para tratar de assuntos específicos e competentes à referida superintendência.

Entre os assuntos abordados, destacaram-se as discussões em torno do programa Crediamigo do BNB e seu atendimento nas agências; dos processos de crédito das microfinanças do BNB; especificidades do Instituto Nordeste Cidadania, que operacionaliza o Crediamigo; além de uma abordagem mais geral sobre o programa de microcrédito do BNB.

De início, os diretores pontuaram que a reunião constava da estratégia da AFBNB em estar levando diretamente aos gestores, áreas e superintendências competentes do BNB as muitas demandas advindas da base. A Associação apresentou as principais reclamações dos clientes e funcionários em relação ao programa Crediamigo do BNB, que são constantes e comuns nas agências: agências sempre lotadas, espaços reduzidos e precários para atendimento aos clientes do programa, fato constatado in loco pelos diretores da Associação nas visitas feitas em algumas agências e em conversas que os mesmos tiveram com clientes, que aguardavam atendimento, visivelmente insatisfeitos.

Sobre estas demandas, Anadete ressaltou que o Banco tem pensado em soluções. Uma delas seria estimular os clientes a utilizarem os recursos tecnológicos disponíveis pelo Banco, como, por exemplo, fazer uso dos terminais de autoatendimento, o que contribuiria para desafogar o movimento intenso nas agências nos processos relativos ao Crediamigo. A superintendente ainda afirmou que o BNB está pensando em ampliar o compartilhamento de salas de atendimento com o Banco do Brasil, ou seja, processos específicos do Crediamigo sendo operado em salas de atendimento em locais disponíveis pelo BB.

Anadete ainda frisou que tem trabalhado no sentido de tornar o Crediamigo um programa cada vez mais independente dentro do Banco, para que as agências possam dar vazão às demandas relacionadas ao programa da maneira menos burocrática possível.  No entanto, a gestora reconheceu que este é um assunto que precisa ser repensando e melhorado para otimização do atendimento aos clientes.

Na sequência, a AFBNB abordou a questão da pressão por metas e do trabalho gratuito, reclamações recorrentes entre os funcionários que trabalham no programa. A superintendente negou qualquer tipo de pressão exacerbada por metas, lembrando que a orientação da coordenação do Programa é procurar respeitar, sobretudo, a qualidade de vida do trabalhador. Os diretores lembraram que o programa é do Banco e está sob sua responsabilidade, portanto, cabe ao Banco acompanhar de perto a operacionalização do programa e proporcionar condições dignas de trabalho – como deve proceder com todos os seus trabalhadores  

Em relação aos questionamentos sobre o modelo de operacionalização do Crediamigo, que, embora sendo um programa do BNB é operacionalizado pelo Instituto Nordeste Cidadania, Anadete reforçou que atualmente o Banco tem uma assessoria jurídica que dá suporte ao programa, a fim de evitar qualquer caracterização ou processos de terceirização. Para facilitar, ainda há uma legislação própria no País hoje para as OSCIPs e as microfinanças, o que ajuda a corrigir os rumos do programa.

Por fim, a presidenta Rita ponderou que os programas de microcrédito no Banco devem necessariamente estar incorporados ao projeto de desenvolvimento da instituição, ou seja, precisam estar integrados a outras estratégias de desenvolvimento. Para Rita, os programas de microcrédito do BNB, ademais, precisam contribuir concretamente para a inclusão social e para alavancar a vida dos clientes que os contratam.

Na avaliação dos diretores da AFBNB, a reunião é um espaço de diálogo sobre questões essenciais que afligem os funcionários do Banco, sendo um via de mão dupla: além de levar as demandas e as inquietações dos trabalhadores, a Associação não se furta a apresentar sugestões e alternativas que possam resolver os desafios, numa clara demonstração de cumprimento de sua missão.