A Diretoria do BNB enviou ontem, quarta-feira (11), mensagem aos funcionários acerca da nova política de crédito do Banco (empréstimo pessoal e renegociação de dívidas) para os funcionários da ativa, aposentados e pensionistas vitalícios da Capef.
Trata-se de uma medida unilateral do Banco, a qual integrou as propostas patronais apresentadas para o encerramento da greve, tendo feito parte do termo preliminar de ajuste ao Acordo Coletivo de Trabalho - ACT. Logo, não constituiu bandeira reivindicada durante a campanha salarial/greve.
A AFBNB considera a medida paliativa, haja vista comprometer o já aviltado salário, além de não solucionar a origem do problema de endividamento dos trabalhadores do BNB, que remonta a fatores como um plano de cargos rebaixado, desvalorização salarial e um conjunto de pendências existentes que a administração do Banco vem postergando ao longo de anos.
Apesar de entender que a medida seria paliativa, a Associação encaminhou, por várias vezes, ofícios ao Banco cobrando o cumprimento da política que ele mesmo havia proposto, em função do prazo definido ter datado de 30 de novembro de 2011(cartas
1, 2 e 3). Inclusive a AFBNB fez referência mais uma vez ao assunto quando da última "negociação" (
veja aqui), ocorrida em 9 de dezembro último, sem qualquer avanço e cumprimento desta política, caracterizado como mais uma peça da cultura da embromação.
Assim, necessário e urgente é que sejam corrigidas as distorções do PCR, as anomalias nos planos de previdência da Capef (dignidade previdenciária, portanto!), a quitação dos passivos trabalhistas... É urgente também que sejam implementadas medidas que contemplem o fim do trabalho gratuito, das práticas de dano e assédio moral, uma política de recursos humanos transparente e com isonomia, além da reposição salarial.
Mais do que discussões infrutíferas, que alimentam a cultura da embromação, os funcionários do Banco, de todos os segmentos e épocas, necessitam urgentemente de valorização com atitudes concretas. Isto pelo fato de todos os probelmas serem de pleno conhecimento da administração do Banco, não havendo mais qualquer diagnóstico a ser feito sobre a realidade. É a esse propósito, no tocante às questões de direitos dos trabalhadores, que a AFBNB está a serviço, presente na luta e ratifica seu compromisso.