Lá se vai mais de uma década do Século XXI. Do início do terceiro milênio, iniciado em 2001, até agora, especialmente a partir de 2003, com a posse do então presidente Lula, o Brasil experimentou avanços significativos, tanto do ponto de vista econômico como social, os quais têm sido mantidos e ampliados com a presidente Dilma Rousseff. A imagem do país no exterior evoluiu consideravelmente. Isso é incontestável. Mas, o tempo passou rápido e 2012 chega trazendo duros desafios.
O novo ano será decisivo para o desfecho da crise financeira internacional, que ameaça, com reflexos devastadores, as chamadas economias emergentes, principalmente o Brasil. Inclusive, a continuidade do bom andamento, como tem acontecido até agora, da economia brasileira, que caminha para se tornar a quarta do mundo, combinada com vigorosos programas de desconcentração da riqueza, vai depender, e muito, do cenário econômico do mundo nos próximos 12 meses.
Em nível nacional, 2012 marca a eleição municipal, peça chave para a manutenção e evolução do projeto de desenvolvimento centrado na sustentabilidade e na justiça social, posto em prática com a chegada, ao macro poder da República, de Lula, do PT e partidos aliados.
É fundamental a sociedade brasileira eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores identificados e comprometidos com esse modelo de desenvolvimento que permitiu a cerca de 30 milhões de pessoas fazerem três refeições por dia, possibilitou que mais de 32 milhões de cidadãos fossem elevados à classe média C, gerou mais de 19 milhões de empregos com carteira assinada, aumentou o poder de compra dos salários, especialmente o mínimo, entre muitas outras conquistas sociais.
No plano municipal, infelizmente, Salvador ainda não conseguiu imprimir o ritmo de desenvolvimento do Brasil a partir de Lula e depois Dilma, e da Bahia com o governador Jaques Wagner. A cidade vive uma das piores crises da história. Está entregue, abandonada, e a população aguarda, não um salvador da pátria, mas um gestor capaz de recolocá-la na posição que merece, através de uma administração que saiba ouvir e priorizar os anseios populares, tenha competência e coragem para resolver os problemas, que não são poucos, possua condições para fazer as alianças políticas, em particular com os governos federal e estadual, sem perder a autonomia e independência.
No que se refere aos bancários, para 2012 é manter a luta pela garantia do emprego, a isonomia, reforçar a resistência contra o assédio moral e se preparar para mais uma campanha salarial vitoriosa.
* Rogaciano Medeiros é jornalista e editor de O Bancário
|