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Reunidos em assembléia na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB-CE) na noite de ontem (dia 22), beneficiários da ação movida pelo Sindicato contra o BNB para o restabelecimento do beneficio das folgas rejeitaram a proposta de acordo apresentado pela diretoria do Banco. A assembléia contou com a presença de mais de 100 pessoas entre ativos e aposentados. Após a discussão, onde foram apresentados vários questionamentos acerca do processo, tanto aos aspectos jurídicos quanto políticos, bem como a apresentação de juízo, a proposta foi posta em votação tendo sido rejeitada, com 60 votos contra, 51 votos a favor e uma abstenção.

A Diretoria da AFBNB se fez presente, representada pela presidenta Rita Josina, pelos diretores Alci de Jesus e Dorisval de Lima, além do presidente do Conselho Fiscal, José Frota de Medeiros. Na oportunidade, os diretores da Associação, assim como muitos dos que se manifestaram, ratificaram o posicionamento da AFBNB contra a proposta, conforme veiculado na mensagem divulgada no dia de ontem, por considerá-la insuficiente e rebaixada e que, além de contrariar o que está sentenciado pela Justiça, não contempla uma questão elementar e fundamental: não restabelece o direito, usurpado arbitrariamente na gestão do ex-presidente Byron Queiroz. Portanto, para a AFBNB, não se trata de uma questão de cunho monetário e, sim, de DIREITO!

Um dos funcionários presentes à assembléia afirmou que “não podemos confirmar os atos da gestão passada; o sim a essa proposta representaria isso, dizer que o algoz tinha razão”!

A assembléia deliberou que o Sindicato deve comunicar formalmente ao Banco o ato da rejeição; exigir do mesmo seriedade para que tenhamos um desfecho favorável aos trabalhadores, com uma proposta que seja digna e que de fato restabeleça o DIREITO, em conformidade com o que está definido na sentença do egrégio.

O diretor de comunicação da AFBNB, Dorisval de Lima, fez uma abordagem do ponto de vista crítico ao Banco: enfatizou que o mesmo deveria ter a dignidade de estar presente à assembléia para prestar as informações cabíveis que lhes são de competência; enfatizou também que o Banco deveria já ter restabelecido todos os direitos, bem como revogado os atos danosos da gestão de Byron Queiroz, principalmente por ter conhecimento de causa, e ser testemunha das circunstâncias em que tais atos foram praticados. “O Banco está tentando barganhar, ou seja, reduzir os impactos financeiros, pois sabe que é devedor, já tendo perdido na Justiça; do contrário, jamais apresentaria proposta, ainda mais tão rebaixada como esta”, afirmou.

Esse entendimento de que o Banco tenta barganhar foi compartilhado por outros funcionários. Um deles chegou a afirmar que “em outras questões o dinheiro sai pelo ralo e o Banco se faz de desentendido e nesse caso específico, que diz respeito a um direito reconhecido pela Justiça, o Banco tenta barganhar e agir com mesquinhez”.

Em sua abordagem, o diretor Alci Lacerda, com muita ênfase, desmistificou o discurso de que seria inteiramente normal, tranqüilo e natural o curso da vida do companheiro que optasse seguir com processos judiciais na contra-corrente da decisão de uma assembleia geral.

Para a presidenta Rita Josina, a proposta monetária rebaixada apresentada pelo Banco, somada ao não restabelecimento de um direito refletem a forma como o BNB trata seus trabalhadores: desvalorizando-os. “Isso se apresenta de diversas formas, com o trabalho gratuito, a falta de isonomia, a falta de dignidade previdenciária, descaso, inoperância e tudo o mais da gestão do Banco – seja dessa ou das passadas. Precisamos dar um basta já!”, afirma.

A AFBNB parabeniza os funcionários pela sábia e coerente decisão, entendendo a mesma como uma ferramenta importante para que tenhamos avanços nas negociações. Neste sentido, ratifica o chamado para que todos permaneçam mobilizados e coesos, inclusive os colegas que no ato de ontem se posicionaram a favor. A hora é de intensificar a união, a luta para a obtenção de vitória! Direito não se abdica, não se troca por migalhas! Direito se (re)conquista!