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Os diretores da AFBNB estiveram com os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e José Pimentel (PT-CE), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e com os deputados federais Gonzaga Patriota (PSB-PE) – que se mostrou solícito e disposto a articular contato entre AFBNB e o Ministério da Fazenda para tratar das pendências dos trabalhadores do BNB – e com Eudes Xavier (PT-CE), com o qual conversaram especificamente sobre o momento vivido no BNB, expondo os motivos da greve. Ainda na tarde de ontem, o deputado cearense abordou a questão em pronunciamento feito na Câmara dos Deputados.

Em contato com o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), conversaram sobre formas de encaminhar efetivamente o aporte de recursos dos fundos setoriais ao BNB. Ariosto convidou a AFBNB para participar de evento na Bahia, no dia 4 de novembro, sobre o Plano de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para o Nordeste. Foram feitos contatos ainda com os gabinetes dos deputados Chico Lopes (PCdoB) e Daniel Almeida (PCdoB-BA).

Audiência com DEST

À tarde, os diretores da AFBNB participaram, junto com o presidente da AEBA, Silvio Kanner, o presidente da CONTEC, Lourenço Ferreira e o assessoria da senadora Marinor Brito (PSOL-PA), de reunião com o diretor do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), Murilo Barella, e sua equipe. Na ocasião, a AFBNB protocolou ofício no qual estavam listadas as principais pendências dos trabalhadores do BNB, juntamente com uma série de documentos produzidos pela Associação. Entre os documentos entregues ao DEST, estavam relatórios de concursados, que reivindicam a posse no Banco, e de demitidos, que lutam há anos pelo reingresso na instituição.

O diretor do DEST afirmou que a solução para as questões postas pelas associações (AFBNB e AEBA) está no âmbito dos bancos e não do Departamento, que tem como essência a gestão das instituições do ponto de vista da aplicação dos seus recursos e seus custos operacionais. Após ser questionado pelas entidades sobre a necessidade de reverter o tratamento diferenciado e desigual dado às instituições regionais (BNB e BASA) em relação às demais, o diretor do DEST encerrou a reunião unilateralmente.

Para a AFBNB, embora o tempo não tenha sido suficiente para discorrer sobre todas os pontos, o mais importante constatado no encontro foi a revelação por parte do diretor do órgão estatal de que as questões inerentes  às relações de trabalho no BNB, principalmente as de natureza salarial são de responsabilidade da própria instituição, o que contradiz as rotineiras alegações sobre as várias pendências que já se arrastam há muito tempo no Banco, sempre responsabilizando aquele órgão. Portanto, conforme o que a Associação já tem dito reiteradas vezes, não é o DEST o responsável pela demora em atender as questões que, ano após ano, são sempre relegadas a segundo plano, e sim o próprio Banco, como se pode constatar

Ademais, a Associação ratifica que falta vontade política em resolver situações devido a posturas derrotistas da Administração do Banco em relação aos órgãos superiores, e que muitas vezes se perde nos seus próprios entraves burocráticos. A AFBNB entende que deve intensificar sua articulação política em Brasília em favor dos trabalhadores na perspectiva de que de fato haja um reconhecimento da importância das entidades representativas, bem como um estreitamento adequado entre o Banco e os órgãos do Governo Federal.