*Assis Araújo
A administração Roberto Smith se caracterizou por uma série de medidas administrativas que não contemplavam o conjunto do funcionalismo. A implantação do PCR, imposta às assembléias sob a ameaça da perda da função, trouxe em seu bojo a figura da VCP – verba de caráter pessoal, que representou a partir de sua implementação a divisão entre os que tinham VCP e os que não tinham - de salários mais achatados. Registre-se que o Banco sequer teve o cuidado ético de efetivar os que substituíam, para somente depois realizar o seu intento.
Seguindo esta visão segregacionista assistimos à novela do plano de funções, não concluído enquanto peça importante de gestão, mas que dividiu os trabalhadores em dois grupos: os que são contemplados com as funções que tem piso, e os funcionários das funções sem piso. É clarividente o tratamento diferenciado que não vislumbra a categoria como um todo. Junte-se a isso a forma atabalhoada como ocorrem os comissionamentos, sem uniformidade para o conjunto da categoria, o que gera insatisfação, insegurança e falta de autonomia.
É possível sem muito esforço mental verificar que essa política divisionista foi uma marca prioritária da Direção do BNB, que perpassou pelos plano de previdência, plano de saúde, passivos trabalhistas, etc, numa sistemática agressão às boas práticas administrativas.
Essa proposta carente de bom senso apresentada ontem (18), de forma equivocada, diretamente aos funcionários do BNB, que teria como objetivo por fim à contundente greve dos trabalhadores do BNB é, na verdade, uma tentativa para engodar a categoria em sua política de não primar pelo princípio da isonomia.. Será que Jurandir Santiago pretende dar seguimento a esta lógica?
O Banco precisa entender, urgentemente, que estamos lutando é por Isonomia. ISONOMIA JÁ!!!
*Assis Araújo é diretor de Organização da AFBNB
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