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Notícias

  13/10/2011 

Recrudescimento da greve quebra o silêncio

No 17º dia de uma das greves mais fortes do movimento bancário nas últimas décadas – com mais de 9 mil agências fechadas em todo o Brasil – finalmente o silêncio dos banqueiros é quebrado: hoje tem negociação com a Fenaban/Governo, seguida de negociações específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica.

No BNB, a negociação será amanhã (sexta-feira, dia 14), às 9h, no Passaré. O pano de fundo desta negociação é a insatisfação dos trabalhadores do Banco com o não atendimento de demandas que se arrastam anos a fio, num processo vergonhoso que mais parece a velha brincadeira do passa e repassa, de gestão em gestão. Basta dizer que quase a totalidade das agências estão paradas e que na Direção Geral há anos não se via tanta adesão à greve.

 Diante de uma negociação iminente, mais do que nunca reafirmamos os motivos que, para a AFBNB, têm mobilizado os trabalhadores do Banco e que devem ser levados em conta amanhã. Somado a essas bandeiras abaixo, está o abono TOTAL das faltas da greve. É inadmissível que os trabalhadores sejam punidos por exercerem um direito que lhes cabe e que a ele só recorrem graças à intransigência dos patrões; assim, não devemos temer ameaças a este direito, conforme tem sido veiculado pela imprensa, de corte do ponto. Pelo contrário, devemos permanecer coesos e intensificar cada vez mais! Afinal, quem está fora da lei são os responsáveis por isso, os patrões, as direções dos bancos e o próprio governo.

Aliás, não era isso que o partido que está à frente do governo pregava e ensinava aos      trabalhadores quando não estava no poder, e quando conclamava o povo  para chegar lá! Cobramos, pois, coerência.

 Esperamos, sim, do Governo Federal respeito e uma proposta digna de ser avaliada e aceita.
 Dentre os reais motivos para a greve no BNB, destacamos alguns aspectos e condições para o encerramento, a exemplo do que já foi afirmado quanto aos dias parados:
 Isonomia – O BNB não pode mais continuar tratando seus funcionários de forma diferenciada. A igualdade de tratamento é essencial passo para se alcançar o respeito pleno, bem como para a democracia e transparência nas relações de trabalho. De antemão, o Banco deve estender todos os benefícios, a exemplo licença-prêmio, ao conjunto dos  funcionários, independente da data da posse e por todo tempo de vida laboral na instituição.
 
PCR digno - É inadmissível que uma instituição do caráter do BNB não possua um Plano de Cargos e Salários condizente com a sua missão. Faz-se necessária a alteração do plano vigente: correção das distorções existentes nos três primeiros níveis com os respectivos impactos sobre os demais níveis, em decorrência do percentual praticado  quando o Banco implementou o piso constante do acordo coletivo de 2009; fim da estagnação com a ampliação da carreira, bem como o respeito à data já acordada no Acordo Coletivo 2010/11 para efeito de vigência do plano.

 Dignidade previdenciária - As anomalias na política previdenciária no Banco saltam aos olhos de tão notórias. É urgente o Banco apontar soluções principalmente para o plano BD da CAPEF, para que o funcionário tenha a plena condição de se aposentar ao completar o tempo de contribuição, e não ser obrigado a continuar no banco devido ao rebaixamento do benefício, incompatível com os vencimentos na ativa. Outro problema é a contribuição, que precisa ser reajustado para uma condição realmente favorável ao contribuinte;  os níveis atuais significam uma extorsão.
 
Reposição das perdas salariais – A defasagem salarial no BNB ultrapassa os 45%, comparando-se a inflação com o percentual de reposição nos últimos 15 anos, índice bem superior aos 12,8% reivindicados e aos 7,8% propostos pelo Governo. É urgente uma política de reposição desse prejuízo já a partir dessa campanha salarial.
 
Piso Salarial – O BNB tem sofrido com a perda de quadros, principalmente após a implantação do PCR vigente, que gerou o crescimento da evasão para a busca de melhores oportunidades. Uma mudança substancial dessa realidade passa pelo melhoramento do salário de inicial.  Assim, defendemos que o piso de ingresso no Banco seja o salário mínimo estipulado pelo DIEESE.
 
Fim do assédio moral e do trabalho gratuito
– Não é nenhuma novidade tampouco fato de desconhecimento dos funcionários do BNB as corriqueiras práticas danosas de assédio moral e trabalho gratuito dentro do Banco. Absurdo, sim, é que tais práticas continuem a ocorrer cotidiana e ordinariamente com tanta clarividência e conhecimento da Administração do Banco, que já foi acionada incontáveis vezes pela AFBNB para apurar e solucionar as denúncias que chegam à Associação de tais práticas e pouco fizeram e fazem para coibi-las.
 
Fim das terceirizações abusivas e convocação dos concursados


PLR compatível com os lucros e resultados sociais – A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi uma reivindicação conquistada a duras penas pelos bancários. Consiste, nada mais nada menos, num reconhecimento ao trabalho desempenhado pelos funcionários, que são os responsáveis diretos pelos resultados sociais e econômicos das instituições financeiras. No BNB, esses resultados têm sido cada vez mais satisfatórios e recordistas. Contudo, a PLR não tem sido compatível com os lucros e resultados conquistados pelos trabalhadores do Banco do Nordeste nos últimos anos.
 
Dentre as várias bandeiras defendidas, a AFBNB considera que estas acima devem ser consideradas juntamente com o índice de reajuste para que se avalie o fim da greve. Pelo nível da greve, a AFBNB entende que tais questões devem ser resolvidas agora, e não serem postergadas para mesas de negociação permanentes. Para a AFBNB, qualquer tentativa de acordo que não contemple solução para essas questões deve ser refutada.
Fonte: AFBNB
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Última atualização: 13/10/2011 às 18:00:00
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