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O ato teve manifestações artísticas típicas do Nordeste (emboladores/cordel), discursos inflamados e socialização de informações, a exemplo do abaixo-assinado que está circulando no Passaré, elaborado por funcionários em greve, no qual estes reafirmam os motivos que os levaram a aderirem ao movimento. Conforme Gustavo Bastos, do Ambiente de Suporte de Desenvolvimento de Sistema, o documento será enviado às entidades representativas e repassado para os demais funcionários do Banco, de todos os estados. Cabe lembrar que a AFBNB vem defendendo desde o início que o centro do debate desta campanha salarial não é apenas a reposição do índice salarial, mas questões pendentes que apontem na perspectiva de valorização dos trabalhadores para as quais não têm sido apresentadas soluções no BNB. Nesse sentido, considera válida e oportuna a iniciativa, tendo em vista ser um movimento que reforça a luta da entidade.

Em sua fala, a presidenta da AFBNB, Rita Josina, reforçou a importância da união de esforços para a conquista de resultados positivos. “Estamos lutando pelo mesmo ideal. Nós não podemos permitir que essa situação continue acontecendo, de termos vários bancos dentro de um só: o banco dos novos, o banco dos antigos, dos ativos, dos aposentados”, afirmou. Rita destacou que a AFBNB recebe constantemente mensagens de funcionários das agências, falando das diferenças existentes em relação à Direção Geral. Para a presidenta, é preciso reconhecer que a realidade das agências é bem diferente da realidade do Passaré e reconhecer também que os resultados apresentados pelo Banco devem-se essencialmente ao trabalho das agências. Por isso, num momento em que a adesão das agências é quase total, nada mais justo que reforçar também o movimento na Direção Geral, que está crescendo e por isso a Associação louva a atitude desses funcionários.

Henrique Moreira ressaltou a participação de ambientes que nunca tinham aderido e reforçou que o momento agora é de fortalecer o movimento.

Para o representante da AFBNB na agência Fortaleza Centro, José Bernardino Carleial, presente à manifestação, esse momento não deve se limitar às cláusulas econômicas. “Temos que levantar questões graves, do ponto de vista dos direitos dos funcionários e também casos que acontecem no Banco. A AFBNB tem levantado essas questões. Estamos aqui defendendo o nosso salário, mas também o Banco”, afirmou, ao cobrar respostas às graves denúncias de possíveis negócios fraudulentos no BNB, denunciado pela AFBNB, conforme relatado pela AFBNB no dia 23 de setembro.

Para o diretor Alci de Jesus, “é fundamental que a gente compreenda a extensão dessa greve” e lembrou que “greve, a gente não faz porque quer; faz porque precisa e faz também por solidariedade aos colegas”.

Para a AFBNB, o crescimento constante da greve em todo o Banco expressa uma insatisfação com a realidade cujos motivos que justificam tamanha adesão são mais do que óbvios: