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Nesta quinta-feira (6), a greve nacional dos bancários completa 10 dias. Como nos demais bancos, no BNB as adesões não param de crescer; mais de 90% das agências estão paradas e na Direção Geral/Passaré o movimento tem ganhado cada vez mais força, com diversos ambientes aderindo a todo o momento, principalmente nos últimos dias – já são 20 deles paralisados, com tendência a aumentar.

Alheia a tudo isso, como se estivesse navegando em águas azul-cristalinas fingindo não estar incomodada, a Administração do BNB segue sua saga surda-muda e cega, dissimulando como se nada estivesse acontecendo no Banco, esquivando-se do diálogo com os trabalhadores em greve e sequer sinalizando com qualquer perspectiva de negociação.

Finge não perceber a Administração do Banco que a greve é real, forte, coesa e sólida! Não será com este silêncio       sepulcral, muito menos com pressão e ameaças - o que tem acontecido com recorrência - que o Banco conseguirá alcançar um consenso com os seus trabalhadores. Pois, pelo que se tem percebido nos últimos dias, quanto mais pressão, mais adesão ao movimento paredista. Um tiro no pé, portanto!

Os motivos da greve já não são mais novidade para ninguém. O que nos surpreende é a falta de atitude da Administração da instituição, que foge ao diálogo, emudece diante das cobranças de um movimento legítimo dos seus trabalhadores e faz “ouvido de mercador” às reivindicações históricas dos funcionários. O que está esperando a Administração do BNB para apresentar uma proposta que contemple o pleito do funcionalismo? Que o movimento grevista arrefeça? Que os bancários cansem da greve e retornem aos seus postos de trabalho? Se for isso, pode armar a rede e esperar deitada porque os                          funcionários não suportam mais tanto descaso e insensibilidade com suas demandas.

Ao invés de se                             esconder atrás da Fenaban, que, reiteramos, pouco se importa com os bancários, principalmente os dos bancos públicos, a Administração do BNB deve tomar para si a responsabilidade de buscar interlocução junto ao  Governo Federal o mais rápido possível no sentido de apressar o entendimento com os seus trabalhadores.

O tempo urge! Não dá mais para esperar! Não dá mais para se esconder! É hora de resolver as pendências históricas! Os funcionários do BNB não devem desperdiçar essa oportunidade de, enfim, terem suas demandas solucionadas, a exemplo da licença-prêmio, que além de ser estendida a todos os funcionários, deve vigorar por todo o período de vida laboral no Banco.

A AFBNB aproveita para reiterar sua posição quanto às pendências que devem ser atendidas para os funcionários do Banco voltarem ao trabalho, bem como em relação à não retaliação quando do fim da greve, com anistia integral dos dias parados, em respeito ao direito que a Constituição Federal e a Lei da Greve garantem aos paredistas. À luta, trabalhadores do BNB!.