|
Em atitude diferenciada, o Banco Regional de Brasília (BRB) fechou acordo coletivo de trabalho, no último dia (26/09), referente ao ano 2011/2012, reajustando os salários de seus empregados em 17,45%. O índice eleva o piso salarial pago pelo banco para R$ 1.900,00. Dentre outras reivindicações atendidas, o BRB ainda reajustou a gratificação dos caixas em 24,17% – passando para R$ 1.117,50.
Diante de tal exemplo, como os bancos federais (BB, CEF, BNB e BASA) justificam sua omissão e intransigência ao não apresentarem propostas específicas que atendam as reivindicações dos bancários e coloque um fim à greve da categoria em todo o país?
O BRB é um banco de menor expressão econômico-financeira e de jurisdição também limitada, se comparado com os bancos públicos federais supracitados. Lucrou pouco mais de R$ 196 milhões, em 2010, e mesmo assim oferece aos seus empregados reajuste de 17,45%.
É bom lembrar que o piso salarial do BRB já era superior ao pago por todos os outros bancos do país, públicos ou privados. Só para que o piso salarial da Caixa e do Banco do Brasil se equipare ao do BRB, é necessário um reajuste de 19%. No Basa, o reajuste tem que ser de 50%.
O contraditório é vermos que essas instituições financeiras, que acumularam, no mesmo período, lucros na casa dos bilhões de reais, insistem na proposta de reajuste de 8%.A diferença de índices estará relacionada à sensibilidade política e social? Por que um banco pequeno pode oferecer 9,45 pontos percentuais a mais do que as demais instituições?
A resposta é clara: o que falta mesmo é interesse do Governo e dos banqueiros em resolver a situação. Pelo menos, os bancos particulares tiveram o trabalho de apresentar contrapropostas, ainda que rejeitadas, durante as negociações. Os federais sequer se manifestaram.
É por essa insensibilidade do governo e dos banqueiros, que só querem acumular dinheiro e não pensam nos bancários, que a categoria se mobiliza em GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO desde o último dia 27/09.
* Com informações da CONTEC e da UGT
|