*Djalma Moura
Cresce o movimento dos bancários tanto em Sergipe, como a nível nacional; e cresce também no BNB. Chegamos neste terceiro dia com números consistentes e principalmente alcançados em poucos dias de luta. Nenhuma greve tem 100% de adesão, nossa luta sempre será um processo, mas podemos afirmar que estamos bastante motivados para a luta e isto se deve à percepção da maioria, de que temos uma mobilização que cresce e se consolida. Há pelo que lutar!
A greve no BNB sempre teve dois momentos; no primeiro, juntamente com toda a categoria, negociamos com a Fenaban o principal das questões salariais. Queremos aumento real de salários! No segundo momento, temos que enfrentar e conquistar, junto à direção do BNB, o cumprimento do acertado com a Fenaban. Devemos ficar só nisso?
Desde o final da greve do ano passado, esta questão tem ficado presente. Havia vontade de continuar a paralisação em Fortaleza, mas não houve articulação geral para garantir que a mobilização fosse mantida por todas as bases sindicais. De diversos contatos, vem a percepção de que os funcionários do BNB não estão aceitando mais terminar a greve sem definições concretas quanto às questões de remuneração que estão na pauta já há bastante tempo.
Lendo o artigo da Carta Maior (veja aqui), não pude deixar de pensar sobre o que nos motiva nesta greve além da justa reivindicação por aumento real de salário. O sistema bancário teve um crescimento consistente em seus lucros e é nosso trabalho que gera tal lucro. Então, o mesmo deve ser repartido!
Devemos aproveitar este momento de nossa mobilização para realizar uma rica troca de idéias e reflexões; será fazendo com que cada voz seja uma idéia que chegaremos a um foco na luta, que cada sonho distinto, cada vontade de lutar, chegue mediante uma ação coletiva a um único fim: a um emprego digno, valorizado e com futuro!
*Djalma Moura é funcionário do BNB em Sergipe |