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Notícias

  29/09/2011 

O tempo passa, o tempo voa... E as pendências no BNB continuam as mesmas!




Quantas coisas aconteceram na sua vida em dois anos? Descobriu que seria pai/mãe? A criança nasceu? Já fala? Já anda?! Dois anos, ou seja, 24 meses, 730 dias é tempo suficiente para muita coisa. No BNB, entretanto, é como se o tempo não passasse...

Há dois anos, na greve de 2009, a AFBNB elaborou uma nota na qual falava dos motivos da paralisação no Banco, que contava com 83% de adesão das agências. Já naquele momento – assim como hoje, no entendimento da Associação – a mobilização forte dos trabalhadores não se dava somente pelo índice de reajuste salarial, rebaixado tal qual o deste ano, mas pelo conjunto de pendências acumuladas ao longo de anos e postergadas por mesas de “negociação”, que de concreto pouco se vê.

Passados dois anos da divulgação da nota, até que tentamos atualizá-la para este ano, mas qual não foi a nossa surpresa ao verificarmos que não avançamos em nenhum dos pontos! Com exceção do plano previdenciário (CV1) que foi implantado, mas já se mostra precisando de melhorias, as demais reivindicações seguem vivas. Mudou o presidente do Banco, a forma de fazer pressão contra os trabalhadores teve inovações, mas o atendimento às demandas dos que fazem a instituição funcionar continua precisando mudar, para melhor.

Então, relembremos porque estamos em greve:

1) Os funcionários do BNB estão em greve porque têm um acúmulo de perdas salariais principalmente a partir da implementação do plano real (1994).
É preciso reajuste digno com ganho real e o estabelecimento de uma política de reposição das perdas salariais passadas.

2) Os funcionários do BNB estão em greve porque os salários são incompatíveis com a missão do Banco, bem como com as atividades e resultados desenvolvidos pelos mesmos.
É necessário o cumprimento da promessa de reformulação do PCR – que já constou em acordos coletivos anteriores - e de implantação do Plano de Funções, além do estabelecimento do piso de ingresso, pelo menos compatível com o salário mínino calculado pelo Dieese.

3) Os funcionários do BNB estão em greve porque são tratados de forma diferenciada.
É preciso estabelecer uma política de isonomia de tratamento; o pagamento dos passivos e estabelecimento dos direitos para todos.

4) Os funcionários do BNB estão de greve porque trabalham gratuitamente com extrapolação da jornada, sem pagamento integral das horas extras.
É preciso estabelecer um sistema de ponto eletrônico, sem banco de horas, e que o Banco definitivamente estabeleça uma política de cumprimento da jornada de trabalho. É necessário acabar com as metas abusivas e que seja observada a real capacidade de trabalho no Banco. Concluindo-se pela necessidade de mais horas, que sejam criados novos postos de trabalho, com a convocação dos aprovados no concurso, para suprir à demanda.

5) Os funcionários do BNB estão em greve porque têm gerado ótimos resultados e lucro para o Banco/governo, mas não têm participado da divisão do bolo, ficando apenas à distância observando a administração do Banco comemorar.
É preciso uma política efetiva de participação nos lucros e resultados (PLR), de forma compatível à dedicação e ao trabalho desenvolvido pelos trabalhadores do BNB, bem como um mecanismo de aferição dos resultados sociais obtidos através da intervenção do BNB. Defendemos uma PLR equânime e compatível com o lucro e resultados, sem a limitação imposta pelo Governo de 9% do lucro.

6) Os funcionários do BNB estão em greve porque ainda reina na Instituição as práticas criminosas de dano e assédio moral, classificadas por estudiosos do assunto como princípio psicoterrorismo.
É necessário que seja abolido de uma vez por todas do seio da Instituição tais práticas, além da punição exemplar dos que insistem em lançar mão desses atos, sob pena de assistir à institucionalização de tais abusos como critérios para nomeações para cargos na instituição.

7) Os funcionários do BNB estão em greve porque estão exercendo um direito que lhes é
assegurado pela Constituição Federal, não sendo, portanto, crime.
 A greve é uma conquista do movimento sindical e dos trabalhadores. Ainda hoje é a forma mais eficaz dos trabalhadores se fazerem ouvir diante da intransigência dos patrões/Governo. Por isso, a Direção do BNB deve entender os seus motivos, negociar em condições favoráveis aos trabalhadores; face ao grau de adesão à greve, não descontar os dias parados, anistiando-os, de forma a não penalizar os trabalhadores.

A diretoria do BNB precisa acordar para o fato de que a greve desse ano é uma realidade e é forte. Os trabalhadores não retornarão às suas atividades sem propostas concretas que os valorizem. Assim sendo, alerta o Banco para que busque soluções urgentes, não se escondendo atrás de uma mesa única que de fato não existe. Isso é possível, sim. Exemplo é o  Banco de Brasília (BRB) que já apresentou proposta, aprovada pelos trabalhadores, pondo fim à greve. Veja detalhes do acordo do BRB.

Ou seja: não dá mais para acreditar na cantilena de que não é possível um reajuste digno, acima dos míseros 8% oferecidos pelos banqueiros bem como a solução para os problemas acima. É possível, sim, diante de lucros cada vez mais bilionários, repor as perdas salariais acumuladas ao longo de muitos anos e solucionar essas pendências. E é isso o que os trabalhadores do BNB têm direito. Sem mais enrolações, sem mais disse-me-disse, o que os funcionários do Banco querem é mais respeito e valorização.

Confira aqui a tabela com as perdas acumuladas dos últimos 15 anos.
Temos ou não temos motivos suficientes para continuarmos em greve?
Fonte: AFBNB
Link:
Última atualização: 29/09/2011 às 12:55:00
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