Correios, educação, bancos, servidores públicos das universidades. São inúmeras as categorias de trabalhadores que – ao se depararem com a intransigência dos patrões no não atendimento às suas reivindicações e até mesmo ao diálogo – recorrem à estratégia da greve.
Ridicularizados por setores da imprensa, que tentam colocar a população contra as categorias, mostrando apenas os ônus das paralisações, esses trabalhadores mostram capacidade de organização, luta e consciência de seus direitos, o que deveria ser a regra entre nós, e não a exceção. Basta vermos/lermos/assistirmos as manifestações que levam milhares de pessoas às ruas, como recentemente no Chile ou em países da Europa, motivadas por crise no sistema educacional ou por medidas econômicas que afetam diretamente a vida da população.
No Brasil, motivos temos de sobra, enquanto cidadãos que pagam taxas estratosféricas de impostos para ter uma contrapartida pífia. Enquanto bancários, já teríamos outro rol de motivos e enquanto benebeanos a lista aumenta ainda mais: trabalho gratuito, falta de isonomia, perseguições, práticas de assédio moral, violência psicológica e física por omissão do Banco (basta conversar com os trabalhadores da agência de Andaraí, assaltada cinco vezes), falta de um plano de cargos condizente com uma instituição de desenvolvimento, falta de transparência nos processos internos, falta de respeito com o trabalhador. Falta muita coisa, só não pode faltar a nossa consciência coletiva e nossa vontade de mudar a nossa própria história, mobilizando-nos e organizando-nos.
A todos os trabalhadores dos correios e da educação, nosso respeito, admiração e apoio.
Aos bancários, sobretudo os do BNB, força, participação e muita mobilização.
Todo apoio às categorias em luta. Viva a força da greve!