Os bancos são disparadamente os que mais ganham no Brasil. No primeiro semestre, o lucro das maiores empresas chegou a R$ 27,4 bilhões. O resultado mostra que não existe crise capaz de abalar as estruturas do setor bancário no país e que é perfeitamente possível o atendimento das reivindicações da categoria.
A remuneração dos diretores e conselheiros também comprova a boa vida. Em 2010, por exemplo, o Santander pagou para cada membro do alto escalão nada menos do que R$ 381 mil por mês. O Bradesco foi mais generoso e desembolsou R$ 380 mil. O campeão em bondade, no entanto, foi o Itaú. O salário dos diretores é de R$ 486,6 mil.
Enquanto isso, bancários têm de batalhar para conseguir o mínimo de reconhecimento. As reivindicações da categoria, inclusive, vão muito além da remuneração. Os bancos têm de respeitar os trabalhadores e os clientes e oferecer melhores condições de trabalho.
Para isso, além das questões econômicas, é preciso ampliar o quadro de funcionários, promover uma política de enfrentamento do assédio moral e das metas, assegurar medidas eficientes de segurança e também respeitar a jornada de trabalho de seis horas.
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16/09/2011
