1 O dia de ontem, 31 de agosto, marcou o último dia de mandato dos diretores do Banco do Nordeste, mantidos da gestão passada. Ao todo são seis diretores. Até o fechamento desta edição não havia nenhuma posição oficial do Ministério da Fazenda sobre a manutenção, ainda que de modo provisório, por exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A outra hipótese seria a confirmação de novos, antes mesmo da reunião do Conselho de Administração, amanhã no Passaré. A demora na decisão atingiu emblemáticos oito meses. Isso depois de seis meses para que Brasília batesse o martelo quanto a Jurandir Santiago (foto). O impasse não se dá em Fortaleza, mas em Brasília. Os últimos dias foram de intensas negociações nos ministérios da Casa Civil e da Fazenda.
2 A Coluna apurou que esta semana crescera no Ministério da Fazenda o nome de Fernando Passos para a Diretoria Financeira, até ontem superintendente financeiro. Contudo, do bureau da Casa Civil acendeu outro nome. Nessa hora pesa não apenas o currículo, mas o histórico político. Vínculos com a Era Byron não ajudam. Aliás, até a Comissão de Orçamento do Senado, presidida pelo senador Vital do Rego (PMDB-PB) levantou o dedo com uma indicação do quadro técnico do Banco.
3 Afinal, não será surpresa se a renovação for baixa na atual Diretoria. Alguns nomes são dados como certos, como o diretor de Administração de Recursos de Terceiros, Alan Teixeira, dono de certificações obrigatórias para o cargo. O diretor de Gestão do Desenvolvimento, Sydrião Alencar, é outro forte para permanecer na função. Stélio Gama idem. Ele é diretor administrativo e de TI. A Diretoria de Negócios era uma incógnita ontem à tarde.
4 A persistir o impasse, perde o Banco e a região. O BNB já pagou um preço alto por conta da demora na nomeação do novo presidente. Aliás, o Nordeste ainda paga outros preços. As definições para organismos como Chesf, Codevasf e Sudene seguem no mesmo ritmo. Uma demonstração de que o Nordeste está no fim da fila na República. |