Os bancos negam tudo. Até melhorias para o cliente. Aumento do quadro de funcionários, ampliação do horário de atendimento e respeito à lei que estabelece tempo nas filas. Nada é aceito pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), o que comprova o total descaso com os interesses do país.
Nem mesmo os argumentos do Comando Nacional, durante a primeira rodada de negociação, realizada nesta terça e quarta-feira (30 e 31/08), foram capazes de sensibilizar os banqueiros. O fato demonstra que a campanha salarial deste ano será uma das mais difíceis.
A única questão mantida é a previsão da mesa temática tripartite para discutir a terceirização, já acordada na campanha passada, e a continuidade dos encontros sobre igualdade de oportunidades. Ou seja, nenhuma novidade.
O posicionamento da Fenaban mostra que a categoria deve se unir ainda mais e ampliar as mobilizações. “Negociar sem pressão não leva a nada. Temos de ter unidade e lutar até o fim, porque diante do quadro a greve parece inevitável”, explica o presidente da Federação, Emanoel Souza.
A próxima rodada de negociação acontece na segunda e terça-feira da próxima semana. O secretário da Feeb, Hermelino Neto, participa das discussões, que envolvem saúde, condições de trabalho e segurança.