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A Análise da distribuição dos funcionários lotados em Sergipe (superintendência, agências e centrais), com dados aproximados de junho/julho 2011, sob o aspecto da ocupação das funções em comissão, da ocupação dos cargos funcionais e dentro deste da ocupação dos níveis dos Analistas Bancários, apresenta números que permitem as afirmações abaixo, que com pequenas variações valem para todas as super estaduais do Banco.

A Superintendência Sergipe possui quinze agências, sendo duas na capital e treze distribuídas pelas cidades do interior do estado. Em Aracaju, além da própria Super, funcionam ainda cinco órgãos complementares, de base estadual, que complementam as atividades das agências: Cenop, Cro, Conaj, Gerat e Controle Interno. Ao todo o número de funcionários lotados em Sergipe é de 340, sendo 144 em funções gerenciais, 129 em funções técnicas e apenas 67 como operativos.

A distribuição acima demonstra, que a direção do Banco vem adotando para as Agências/Superintendências Estaduais a mesma estratégia que foi utilizada para o Passaré (CAPGV), qual seja, a de aumentar o número de funções comissionadas, fazendo com que apenas 19,71% dos funcionários (67) não tenham função.  A grande maioria, 80,29% dos funcionários (273) são comissionados, sendo que 42,35% (144) estão em funções gerenciais (incluindo GSNs) e 37,94% em funções técnicas (incluindo caixas).

Tal estratégia segue a tendência adotada pelo capital financeiro em todo o mundo, buscando desmobilizar a organização dos trabalhadores, apontado a ascensão individual como a única forma de melhoria salarial. Bem como criando a dependência à esta situação nos orçamentos de cada um dos recém comissionados.

Na abordagem da ocupação dos cargos funcionais, com base no Plano de Cargos e Remuneração (PCR) implantado em 2005, dos 340 funcionários lotados em Sergipe, 19 são Assistentes Bancários (antigos Auxiliar de Serviços Gerais/ASG’s ou Técnicos/AST’s), 301 são Analistas Bancários, 02 Analistas Técnicos, 03 Especialistas Bancários e 15 Especialistas Técnicos.

Com a conquista do piso salarial pela categoria bancária e a política adotada pelo Banco de não corrigir os interníveis do PCR, tivemos o achatamento salarial de mais de dois terços da força de trabalho. Dos 301 Analistas Bancários, 203 estão distribuídos até o nível 3. Temos 22 funcionários no nível 1 (7,31%), 76 no nível 2 (25,25%) e 105 no nível 3 (34,88%), mas todos estes, que representam 67,44% dos funcionários, recebem a mesma remuneração básica.

A perda para o analista bancário 3 é de 8,16% desde o momento do ingresso no nível. No caso do analista bancário 2 a perda é de 4%, que é o percentual dos interníveis no PRC vigente. Em uma conjuntura onde grande parte dos funcionários do BNB, enfrenta uma situação de endividamento até acima do limite de sua capacidade de pagamento, enquanto isso, o Banco alcança excelentes resultados nos últimos anos (veja o texto Lucro do BNB triplica. E os vencimentos dos seus trabalhadores? no site da Afbnb).

É de causar indignação a incapacidade dos gestores maiores da Instituição, bem como a incompreensão e burocracia do governo federal, em viabilizar condições objetivas de garantir o que é de direito aos trabalhadores do BNB.  

Nessa perspectiva, a Campanha Salarial desse ano deve ser intensa na continuidade da luta pelo piso bancário igual ao salário mínimo calculado pelo Dieese (em torno de R$ 2.300,00). Essa bandeira deve ser abraçada como fundamental no BNB, pois quando conquistada trará um significativo aumento real para quase 70% dos funcionários, e mais, associada com a luta por um novo PCR compatível com um Banco de Desenvolvimento, trará ao conjunto dos funcionários da instituição, condições e tranquilidade para buscar o cumprimento de missão constitucional do Banco do Nordeste.