Os números não mentem e mostram o descaso dos bancos com o desenvolvimento do país. O setor, o mais rentável do Brasil, é o que menos gera empregos. Dos quase 1,5 milhão postos de trabalho abertos no primeiro semestre, apenas 1,5%, nada menos do que 22.500, foram criados pelas organizações financeiras.
Os dados contrastam com a lucratividade. Entre janeiro e junho, os cinco maiores bancos em operação no país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) colocaram nos cofres mais de R$ 25 bilhões. Recorde para o período. Em 2010, o ganho semestral ficou em R$ 19 bilhões.
Além de não gerarem emprego e serem defensores fiéis da rotatividade, os bancos, principalmente os privados, ainda cobram as taxas de juros mais altas do mundo e tornam escasso o crédito para financiar a produção, as pequenas e médias empresas. Em suma, todo o dinheiro lucrado fica no bolso dos banqueiros.
Os trabalhadores, no entanto, estão dispostos a acabar com essa farra. A geração de emprego, o fim da rotatividade e a redução das tarifas são destaques na pauta de reivindicações da campanha salarial. As organizações financeiras têm de valorizar a categoria e também a população. |
17/08/2011
