Nesta semana, o Banco do Nordeste divulgou oficialmente o resultado do seu lucro líquido no primeiro semestre desse ano: R$ 300, 7 milhões, um aumento de quase 150% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Banco registrou lucro de R$ 110, 1 milhões. Com o resultado, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido do BNB passou de 10,8% para 28,5% no mesmo intervalo de comparação. O patrimônio líquido estava em R$ 2,3 bilhões ao fim do primeiro semestre deste ano, uma alta de 5,5% frente a igual período de 2010.
Ademais, o saldo da carteira de crédito do Banco somava R$ 9,87 bilhões em 30 de junho, alta de 10,2% em relação ao mesmo período de 2010. As operações com os setores industrial, comercial e de serviços avançaram 21,1%, para R$ 6,9 bilhões, bem como o financiamento à infraestrutura e desenvolvimento cresceu 50%, atingindo no final de junho deste ano a marca de R$ 1,67 bilhão. Por fim, as provisões para créditos de liquidação duvidosa avançaram 16,4%, para R$ 503,6 milhões.
Os resultados financeiros positivos do Banco nesse primeiro semestre, em que pese as especulações e a indefinição em torno de quem seria o seu presidente, demonstram que o BNB é cada vez mais importante para o desenvolvimento da região nordestina e, desse modo, precisa ser mais fortalecido, expandindo sua capilaridade e elevando seu capital social.
Contudo, e mais imprescindível ainda, é relevante valorizar o seu quadro funcional, os seus trabalhadores. De nada adianta os resultados do Banco apresentarem números cada vez mais satisfatórios e alvissareiros se aqueles que, com suas mãos e mentes, são responsáveis diretos por estes citados resultados não receberem o devido reconhecimento que lhes cabe por parte dos gestores do Banco. De nada adianta o BNB triplicar seu lucro se não atender a contento às reivindicações dos trabalhadores nessa campanha salarial que se aproxima.
E as demandas são muitas: as perdas salariais acumuladas de 1996 a 2010 já somam 32,3%; o salário-base está muito aquém do ideal; as condições de trabalho em grande parte das agências são precárias; o Plano de Cargos e Remuneração (PCR) vigente não condiz com um banco de desenvolvimento; o assédio moral campeia livre e ferozmente nas unidades do Banco... Enfim, muitas são as reivindicações dos trabalhadores do Banco do Nordeste. Com resultados financeiros tão auspiciosos, nada mais justo que o BNB, nessa campanha salarial, reconheça quem, de fato e de direito, foi responsável pelas vultosas quantias, ou seja, seus trabalhadores.
A AFBNB parabeniza os trabalhadores do Banco pelo excelente resultado. Por oportuno, reafirma sua luta pelo reconhecimento destes, como tem feito sistematicamente junto ao Banco, cobrando do presidente, da diretoria e das demais instâncias tão merecido atendimento às suas reivindicações.
Veja aqui a tabela dos reajustes e perdas no BNB de 1996 a 2010
- Por um Plano de Cargos digno!
- Pelo fim do assédio moral e do trabalho gratuito!
- Por uma política de recursos humanos transparente e com isonomia!
- Pela reposição das perdas salariais!
- Pela convocação dos concursados e fim das terceirizações abusivas!