Uma prática maquiavélica que, muitas vezes, faz o trabalhador se sentir um nada. O problema tem nome e definição bem conhecida entre os bancários: assédio moral. O mal atinge 66% dos empregados das organizações financeiras no Brasil. Os dados estão em pesquisa feita pelo movimento sindical com 27.644 trabalhadores.
As cobranças por metas, humilhações públicas, piadas e falta de reconhecimento são as principais queixas apontadas pela categoria. Apesar da criação do canal de denúncias, acordo feito entre os sindicatos e os bancos, é alarmente os casos de assédio moral nas agências.
Segundo especialistas, a situação pode ser ainda mais complicada, pois às vezes o trabalhador nem reconhece que é vítima da prática discriminatória. O bancário, por exemplo, faz atendimento ao cliente, vende serviços, tem de ser produtivo e provar que é competente. E se no mês seguinte, não conseguir atingir a meta, não importa o quanto contribuiu para a empresa até aquele momento. É ridicularizado.
Mesmo com o assédio, o trabalhador acha tudo normal e só percebe quando os problemas de saúde aparecem. Os mais comuns são: ansiedade, dor de cabeça, sentimento de inutilidade, insônia ou sonolência excessiva, aumento da pressão arterial, distúrbios digestivos, falta de apetite, crises de choro, palpitações, tremores, depressão e até ideia de suicídio.
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