Enquanto os bancos batem recorde de lucratividade, os funcionários têm de conviver diariamente com o fantasma da demissão. O Itaú e o Santander lideram a lista de dispensas. Juntas, as empresas fecharam 3.335 postos de trabalho no segundo trimestre, realidade que contrasta com o lucro, de R$ 5,68 bilhões entre abril e junho.
O Itaú encerrou o primeiro semestre com 107.546 trabalhadores. O número representa redução de 2.290 empregos em relação aos 109.836 bancários que a empresa tinha em março. Já o Santander terminou junho com 53.361 funcionários. Queda de 1.045 postos de trabalho ante os 54.375 de março.
Os dados, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), são referentes a todo o Brasil. Na Bahia, no entanto, as demissões acontecem em menor proporção. Os estados mais castigados com o desrespeito das organizações financeiras são os do Centro-Sul.
Para o movimento sindical, a redução do quadro de empregados é inaceitável, principalmente diante do lucro, sempre em curva ascendente. O fato revela o total desrespeito dos bancos com os trabalhadores, submetidos à pressão, metas e assédio moral.
|
05/08/2011
