Saiu na Imprensa

06/07/2011

Jurandir Santiago afirma desconhecer mudanças no BNB
A transferência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco da Amazônia do Ministério da Fazenda para o Ministério da Integração Nacional (MIN) estaria sendo discutida pelo governo federal, em Brasília. A presidente Dilma Rousseff avalia, segundo matéria publicada esta semana no jornal Valor Econômico, tirar o BNB e o Basa da esfera de atuação do Ministério da Fazenda e transferir as duas instituições financeiras para o MIN. O presidente do BNB, Jurandir Santiago, afirmou ontem desconhecer estudos que apontam nessa direção. Santiago evitou aprofundar o tema, alegando não ter informações. Ele foi à Brasília, segundo informou, tratar da proposta orçamentária 2012 do Fundo Constitucional do (FNE). Neste ano, o FNE deve fechar aplicações de recursos da ordem de R$ 10,6 bilhões e o presidente do BNB disse que quer aumentar esse patamar, alegando aumento da demanda. Ele não especificou o montante, mas garantiu que fará gestões para obter êxito. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Flávio Saboya, não vê sentido na mudança. Explica que o BNB sempre esteve envolvido com a Sudene e com todas as ações e programas de desenvolvimento regional mas, na sua visão, fazer parte da estrutura do Ministério da Integração não seria correto. Diz que não entra no mérito de que os bancos ficariam enfraquecidos com a desvinculação do Ministério da Fazenda. Destaca que pela importância do trabalho que vem fazendo o BNB tem que ser cada vez mais fortalecido. Troca de comando O objetivo da troca de comando seria o de fortalecer suas ações de desenvolvimento regional e concentrar o financiamento em empreendimentos de pequeno porte. De acordo com o Valor, a ideia parte do pressuposto de que, sendo os dois bancos abastecidos fundamentalmente com recursos de fundos constitucionais e de desenvolvimento regional, eles deveriam estar vinculados ao MIN, que é o ministério responsável por estabelecer as diretrizes gerais de sua aplicação. “Somente neste ano, esses fundos disponibilizaram mais de R$ 20 bilhões em investimentos.” O jornal adianta que o entrave maior para essa realocação é muito mais político do que administrativo. “O motivo é que a transferência significaria tirar do PT (Guido Mantega) o controle sobre esses dois bancos. O Basa hoje é presidido por Abidias José de Sousa Júnior, indicado pela ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa (PT). O novo presidente do BNB, nomeado há 17 dias, Jurandir Santiago, é apadrinhado pelo governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e deputado federal José Guimarães (PT-CE).” Na reportagem do Valor, o deputado federal José Nobre Guimarães disse ser um erro tirar o BNB e Basa do Ministério da Fazenda. “Transformaria esses bancos em agências de desenvolvimento”. A avaliação de Dilma Rousseff , conforme o jornal, é que a ideia pode ser desenvolvida no decorrer de seu mandato. “Antes disso, acha que uma boa sinalização nesse sentido é permitir que o ministro da Integração Nacional, Fernando Coelho Bezerra (PSB), desempenhe também o cargo de presidente do Conselho do BNB e do Basa”. O quê ENTENDA A NOTÍCIA O BNB e o Basa, assim como o DNOCS, já fizeram parte da estrutura do Ministério do Interior (Minter), criado em 25 de fevereiro de 1967, no governo do presidente Castelo Branco,pelo Decreto-Lei nº 200 de 25/2/1967, depois convertida na Lei 8.029, de 12 de abril de 1990.
Fonte: Jornal O Povo
Link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2011/07/06/noticiaeconomiajornal,2264001/jurandir-santiago-afirma-desconhecer-mudancas-no-bnb.shtml
Última atualização: 06/07/2011 às 12:03:00