O índice que mede a qualidade do desenvolvimento brasileiro (IQD) cresceu em março para 259,43 pontos, permanecendo na classificação de instável, segundo levantamento divulgado, na última quarta-feira (22), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Entre os três subíndices que compõem o indicador, o que mede a qualidade do bem-estar é o único que permanece na classificação boa, embora tenha recuado em março para 342,56 pontos, ante 361,11 pontos em fevereiro.
Segundo o estudo, a queda é resultado do aumento de 1,6% no desemprego no período e da elevação de 0,6% no índice de Gini, que mede a desigualdade da distribuição de renda entre a população. Por outro lado, o número de pessoas com renda mensal acima de R$ 1,66 mil cresceu 0,3% no mês.
O índice de qualidade da inserção externa foi o único a apresentar crescimento em março, atingindo 209,45 pontos, a mesma taxa verificada em setembro de 2010, puxado pelo aumento da renda líquida enviada ao exterior de 1,6%, além da elevação de 3,1% das reservas internacionais e de 0,9% nos termos de troca, que avalia a relação entre as importações e exportações.
Por fim, o índice de qualidade de crescimento recuou no terceiro mês do ano, para 245,34 pontos, 19,80 pontos a menos que em fevereiro. O principal motivo para o recuo foi a queda de 17% no índice de folha de pagamentos. No entanto, a produção de bens de consumo e bens de capital cresceram 7,1% e 11,6% no período, respectivamente.
O estudo do Ipea classifica a qualidade do desenvolvimento em péssima (entre zero e 100 pontos), ruim (entre 100 e 200 pontos), instável (entre 200 e 300 pontos), boa (entre 300 e 400 pontos) e ótima (entre 400 e 500 pontos). |