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Na última sexta-feira (10), foi nomeado o novo presidente do Banco do Nordeste, Jurandir Santiago. Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal (CEF), Santiago terá uma grande e fundamental missão doravante: capitanear um dos motores sócio-econômicos da região Nordeste mais Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Para a AFBNB, a mudança na presidência do BNB trará esperanças aos funcionários de que demandas de longa data reivindicadas sejam, enfim, solucionadas. Infelizmente, diversas questões ficaram estagnadas ou andaram a passos de tartaruga durante os últimos anos. Pendências antigas e problemas recentes continuam protelados enquanto o funcionalismo padece de melhores condições de trabalho, vide os últimos acontecimentos em Andaraí, na Bahia, onde mais uma vez os funcionários passaram por uma drástica situação de assalto em pleno ambiente de trabalho.

Em artigo recente, intitulado “E assim se passaram mais oito anos”, que abordou a gestão Roberto Smith à frente do Banco e a desastrosa política atual de recursos humanos, publicado no jornal Nossa Voz do corrente mês, o diretor de Comunicação e Cultura da AFBNB, Dorisval de Lima, traçou um panorama geral das deficiências técnicas e institucionais ainda vigentes que precisam ser reparadas pelo novo presidente, como a falta de isonomia de tratamento, as práticas de dano e assédio moral nas agências, a falta de transparência nos processos internos, o elevado número de terceirizados em detrimento da convocação dos aprovados em concurso do Banco, o sistemático não cumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, e ainda as práticas anti-sindicais, que têm sido recorrentes.

O aumento do capital social do BNB e de sua rede de agências, um contato direto entre a Associação e a presidência do Banco, além de participação de Santiago nas Reuniões do Conselho de Representantes (RCRs) da AFBNB são outras questões que a Associação pontua como relevantes para serem enfatizadas neste momento. Por fim, defendemos uma mudança radical da política de recursos humanos, que precisa se esquivar de práticas de abusos e desmandos que apenas fragiliza seu quadro de trabalhadores.

Para a presidenta da Associação, Rita Josina, “já deixamos bem claro o que realmente queremos ao tornar público o perfil técnico que defendemos para um gestor” (veja aqui o perfil defendido pela Associação).  Rita pondera que ainda é cedo para qualquer análise em relação ao novo presidente, mas que a “expectativa é a de que ele venha dar uma renovada para que possamos alcançar as questões que tanto reivindicamos”. A dirigente espera também ter um “relacionamento estreito” com o novo presidente do Banco, com reuniões sistemáticas para estar sempre encaminhando as demandas dos funcionários e discutindo estratégias institucionais para o fortalecimento do BNB. No que concerne ao assunto, a Associação vai formalizar uma audiência com o novo presidente do Banco logo após a sua posse.

A AFBNB dá as boas-vindas a Jurandir Santiago. Que os mais assistidos com a nomeação de Santiago sejam aqueles que de fato constroem o Banco no dia-a-dia: os seus funcionários!