Em 2011 foram destinados 70 milhões para o Programa Nacional de Crédito Fundiário
Representantes de várias entidades ligadas a agricultura familiar reuniram-se nesta segunda, 06 de junho, na sede da Secretaria Estadual de Educação e Cultura – Seduc para discutirem o Projeto “Produtores do Futuro”, que visa a implantação de Unidades Administrativas nas Escolas Agrotécnicas do Piauí para articular os programas existentes de apoio aos jovens produtores.
O programa é uma parceria da Seduc com o Banco do Nordeste. “Neste primeiro momento, nosso parceiro é o BNB, mas também serão envolvidas outras instituições como UFPI, SDR, PAR, Embrapa,dentre outros”, informa Francisco Lopes Lacerda, superintendente do BNB no Piauí.
“O objetivo é capacitar alunos das escolas agrotécnicas para que os mesmos sirvam de multiplicadores dos projetos agrícolas, promovendo uma assistência técnica especializada a agricultores que busquem financiamento e outros apoios do poder público”, frisa Francisco Lacerda.
Para Rui Cipriano, diretor da Unidade de Crédito Rural, da Superintendência de Desenvolvimento Rural – SDR, já existem programas e linhas de financiamento que apóiam o jovem produtor rural. “Esses programas têm que ser articulados de maneira que todos tenham acesso fácil”, explanou Rui.
Segundo o superintendente são duas linhas de financiamento voltadas para jovem de 18 a 28 anos, o CPR (Combate a Pobreza Rural) e o CAF (Consolidação da Agricultura Familiar), com financiamentos de 15 a 80 mil reais, a fundo perdido, onde os beneficiários pagam em média apenas 25% do investimento.
Em 2011 foram destinados 70 milhões para o Programa Nacional de Crédito Fundiário, aos quais as linhas de financiamento fazem parte. “O programa já colhe frutos em Pio IX, Valença, Picos, Cocal da Estação e Vários Municípios, onde jovens filhos de assentados, estudantes egressos das escolas agrotécnicas organizaram-se em associações e buscaram o financiamento”, concluiu Rui.
João Emílio, presidente da Associação das Escolas Agrícolas, relatou na reunião que o que falta é justamente essa articulação de programas que a Seduc junto ao BNB buscam fazer. “Precisamos avançar nesse projeto, pois vivemos uma realidade dura, de pobreza, onde temos que agir rápido.
Ainda temos escolas sem infra-estrutura, mas precisamos principalmente desse apoio técnico, financiamento fácil e sem burocracias”, relatou Emídio.
Já a representante do SENAR colocaram a disposição os cursos oferecidos pela entidade de apoio ao trabalhador rural, principalmente da mulher do campo onde já desenvolve muitos projetos junto às mesmas. A instituição já busca a adequação de seus programas a faixa etária dos “Produtores do Futuro”, com alguns trabalhos desenvolvidos junto às escolas agrotécnicas. |