Diretores da AFBNB acompanham a fala do diretor de Negócios do BNB
A AFBNB, através da presidenta Rita Josina Feitosa, do diretor Dorisval de Lima e do conselheiro fiscal Henrique Moreira, esteve reunida na manhã de ontem (dia 24) com o diretor de negócios do BNB, Paulo Ferraro. Na pauta, questões gerais relacionadas aos recursos, aplicações e qualidade do crédito do Banco e algumas outras preocupações da Associação, elencadas a partir de abordagens e inquietações dos associados e da própria diretoria.
A presidenta da Associação, Rita Josina Feitosa, fez um panorama geral das atividades e das bandeiras da Associação, resumiu as recentes articulações em Brasília e reforçou que à AFBNB interessa o fortalecimento do Banco, da região e a valorização dos trabalhadores, por isso a ênfase em dialogar com diretores da instituição, sobretudo os que são funcionários “da casa”, que são hoje a maioria no BNB: dos seis diretores do Banco, cinco são funcionários de carreira.
O diretor Ferraro falou do crescimento das aplicações do Banco, da redução considerável nos índices de inadimplência (que passou de mais de 30% antes de 2002 para 3,8%, no ano passado, nas aplicações do FNE, por exemplo), da mudança no perfil nas operações do FNE e no que ele considera um avanço, que é a desconcentração das aplicações do FNE, antes centralizadas nos estados do Ceará, Bahia e Pernambuco.
Ferraro falou ainda dos desafios que precisam ser superados, internamente (aumento de pessoal, questões tecnológicas etc) e externamente, por exemplo, alteração nos critérios da política de crédito do FNE, que é definida por resolução do Conselho Deliberativo da SUDENE. Para ele, a obrigatoriedade de aplicação de 50% do FNE no semiárido deveria ser melhor especificada, porque se por um lado esse critério deixa de fora o estado do Maranhão (que está fora do semiárido mas abriga um grande número de municípios com economia estagnada), por outro favorece cidades grandes e com economia crescente, localizadas nessa região.
Questionada pelos diretores quanto à diversificação das fontes de recursos do Banco, Ferraro informou que isso tem sido trabalhado pelo Banco e citou recursos do BNDES, do FNDE e uma promessa relacionada ao FAT.
Os diretores da AFBNB expuseram exemplos que têm chegado à AFBNB, de operações duvidosas e o diretor afirmou que os casos suspeitos são averiguados. Ferraro disse que procura desempenhar com muito critério a sua função na diretoria do Banco. “Estou preocupado em não ser omisso com o Banco”, afirmou.
Para a AFBNB, a reunião foi positiva. “É muito bom saber que existe gente preocupada não só com seu emprego e sua função, mas com a instituição”, afirmou Henrique Moreira. “Queremos convergir e somar esforços naquilo que nos aproxima, como a missão desenvolvimentista do Banco”, ressaltou Rita Josina.