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Diretores da Associação se reúnem com grupo de concursados à espera de serem convocados pelo Banco

Na tarde de hoje, quinta-feira, 10 de março, a AFBNB, representada pela presidenta, Rita Josina, e pelos diretores, Assis Araújo e Dorisval de Lima, reuniu-se com um grupo dos concursados do BNB, aprovados no último concurso, em 2010, que ainda não foram convocados para trabalhar no Banco do Nordeste.

De antemão, os concursados expuseram os motivos de estarem se organizando para reivindicar um direito que lhes cabe. Para eles, ao não convocar os aprovados no último concurso e, ao mesmo tempo, aumentar o número de funcionários terceirizados, o Banco precariza o trabalho e o trabalhador e vai de encontro à lógica do bom senso.

Ao seguir essa tendência de inchaço no número de terceirizados em seu quadro funcional, o Banco também contraria uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), de agosto do ano passado, que sugeria um prazo de cinco anos para que as empresas estatais ligadas ao governo federal substituíssem os servidores terceirizados por profissionais contratados por meio de concurso público.

Ademais, há uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Trabalho (CE) que versa sobre a terceirização e a necessidade de regularizar e combater essa questão no BNB. Segundo os representantes da comissão, a ação, inclusive, já teve sentença favorável ao grupo em primeira instância, penalizando o Banco com multa diária de R$ 10 mil reais caso descumprisse-a. Contudo, o BNB, no momento, está recorrendo da sentença. Para saber mais sobre este processo, clique aqui (o número do processo é 1605; ano 2010; origem 1; depois é preciso digitar o código numérico que aparecerá  na tela).

Por sua vez, os diretores e a presidenta da Associação pontuaram que a entidade sempre esteve atenta à problemática das terceirizações dentro do BNB e apóia, por entender ser sobretudo legítima, a luta dos concursados. Para a Associação, a convocação daqueles está dentro de um contexto maior de fortalecimento do Banco, uma vez que o aumento do quadro de funcionários é uma demanda estrutural do BNB, onde ainda hoje acontece trabalho gratuito e funcionários sobrecarregados com metas abusivas para serem cumpridas.

Audiência na Assembléia

No próximo dia 23 do corrente mês, às 14 horas, na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, haverá audiência pública que está sendo coordenada pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, deputada Eliane Novais (PSB), e pelo deputado Heitor Férrer (PDT), vice-presidente da mesma Comissão. Antes da audiência do dia 23, no dia 21 de março, a Associação se reunirá com a deputada Eliane Novais, às 16 horas, na Assembléia Legislativa do Ceará.