O dia 1° fevereiro, a população de Brasília vai às ruas protestar contra o aumento que deputados deram aos seus próprios salários. A CSP-Conlutas e a Anel (Assembleia Nacional de Estudantes-Livre!) do Distrito Federal também vão se somar à manifestação que terá concentração às 10h na rodoviária da cidade.
O estudante da UNB (Universidade de Brasília), Eduardo Zanata, 25, diz que a mobilização exigirá a revogação do aumento dos parlamentares. “Durante o ato iremos divulgar todas as ações que estão sendo realizadas contra este aumento abusivo. Entre elas, a campanha de assinatura eletrônica promovida pela CSP-Conlutas. Convocamos pelas redes sociais um twitaço outra medida que tem mobilizado as pessoas”, informa.
Para o estudante é importante que a população além de campanhas na internet, vá para as ruas. “Só com mobilização iremos impedir este aumento que em alguns casos chega a mais de 100% em detrimento do reajuste do salário mínimo que não chega a 6%. Isso é um absurdo. Vamos denunciar esta manobra e lutar contra estes ataques em defesa dos trabalhadores”, enfatiza Zanata.
O protesto está sendo organizado pelo "Comitê Contra o Aumento dos Parlamentares" do qual a CSP-Conlutas faz parte. Este comitê reúne vários grupos políticos e entidades estudantis, entre a quais ANEL-Livre.
Em São Paulo, também acontecerá uma manifestação a partir das 14h. A concentração será no Largo São Francisco, no centro da capital.
Petição pública - A CSP-Conlutas se incorporou ao abaixo-assinado eletrônico que já chega a 300 mil assinaturas. A Central assumiu esta petição e pede a todos que além destas iniciavas participem das mobilizações que ocorrem pelo país.
Aumento abusivo - Em dezembro, no apagar das luzes, os deputados e senadores aumentaram seus próprios salários em 62%. Eles também reajustaram 134% o salário da presidente Dilma Rousseff e em 149% os dos ministros. Todos agora vão receber R$ 26.723,13. Enquanto isso, o salário mínimo deve atingir apenas R$545. |