O diretor de Organização da AFBNB, Francisco de Assis Araújo, participou ontem, em Fortaleza, na sede do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Ceará (Sintufce), de uma reunião geral do movimento pela defesa da liberdade de Cesare Battisti, liderado na cidade pelo Movimento Crítica Radical, que tem entre os integrantes a ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele.
Durante a reunião, os participantes ratificaram a importância de dar maior visibilidade ao assunto, apresentando à população informações que não são discutidas pela chamada grande imprensa. Além disso, discutiram a organização de uma caravana para Brasília, no próximo dia 1 de fevereiro, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) voltará às atividades normais, e tende a decidir pela extradição, uma vez que o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, já pediu o desarquivamento do processo relativo à extradição de Battisti, após forte pressão do governo italiano e da grande mídia.
Para o diretor da AFBNB, é importante que todos conheçam a história do militante e participem na luta pela defesa de sua liberdade. “Trata-se de um militante perseguido pelos neoconservadores da Itália e do Brasil”, diz Assis.
Entenda mais sobre o caso Cesare Battisti
O italiano, ex-ativista político de esquerda, membro do grupo militante Proletários Armados pelo Comunismo, é acusado de quatro assassinatos em seu país, nenhum deles comprovado até hoje. Ainda assim, foi condenado à prisão perpétua pela Justiça de Milão em 1988. Battisti, então, vendo-se sob perseguição política, fugiu para a França, depois para o México e, finalmente, para o Brasil, obtendo a justa condição de refugiado político. No último dia do Governo Lula, teve seu pedido de extradição para a Itália negado, permanecendo no País. No entanto, o STF, pressionado pelo governo de ultra-direita da Itália e pela grande mídia brasileira, decidiu desarquivar o processo de extradição do ex-ativista italiano.
No site
http://cesarelivre.org é possível obter mais informações sobre o caso.
12/01/2011
