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Em reunião na semana passada na Caixa de Assistência Médica dos Funcionários do Banco do Nordeste (Camed), os balanços anuais contábil e financeiro foram apresentados às entidades AABNB e AFBNB - na oportunidade representada pela diretora e futura presidente Rita Josina - e aos demais diretores e conselheiros da Caixa Médica. O encontro foi pautado pela apresentação de um balanço geral do ano de 2010 na Camed, bem como de suas perspectivas de planejamento e estratégia para os próximos anos. Nada que fugisse a essas temáticas. A reunião foi tão-somente para apresentar resultados. Aumento nas taxas dos contribuintes? Assunto proibido; muito menos discutido. (Leia aqui matéria da reunião da semana passada).

Poucos dias depois, talvez ainda embevecida pelo espírito natalino, a Camed dá um presente de grego aos seus beneficiários e envia comunicado informando que a partir de janeiro de 2011 as mensalidades de dependentes dos planos de Autogestão (Natural e Família) terão reajuste de 6,73%. Que belo presente de Natal! Ironias à parte, o aumento é mais um ultraje aos trabalhadores do Banco que vêm sofrendo com os aumentos consecutivos, sendo eles injustamente os únicos penalizados pela incompetência administrativa da Caixa. Os resultados financeiros indicam déficit? Então empurra aumento de taxas goela abaixo dos beneficiários. É essa a lógica da Camed há alguns anos.
 
No comunicado, a Camed afirma que “a aplicação do reajuste anual foi compartilhada [...] com as entidades representativas dos associados”. A AFBNB nega que esse aumento tenha sido compartilhado de comum acordo pela entidade, em nenhum encontro, seja em reunião oficial ou informalmente em conversa à boca pequena. A Associação ratifica sua posição intransigentemente contrária com relação a qualquer medida que venha a prejudicar o bolso dos funcionários do Banco.

A entidade defende que faz-se de extrema necessidade que medidas concretas sejam tomadas na perspectiva de sanear os problemas da Caixa Médica, sem que estas medidas respinguem em penalizações monetárias para os trabalhadores do BNB. A Associação reafirma que é preciso atacar a raiz do problema, o cerne da questão, que é claramente a incompetência administrativa e financeira da Caixa. Não é desviando o foco para os funcionários - que não têm culpa no cartório - e aumentando suas contribuições que a Caixa Médica do BNB voltará a ter recuperada sua saúde financeira. 

Para a AFBNB, cabe também o entendimento de que a saúde financeira da Camed é de responsabilidade do Banco do Nordeste. O BNB é quem indica a Diretoria Executiva e parte do Conselho Deliberativo da Caixa. Que os responsáveis saltem do alto de seus tronos e tomem iniciativas consistentes e que não atinjam os beneficiários, portanto.

Dessa forma, a Associação conclama a todos os funcionários que se posicionem contrários a mais essa arbitrariedade. A AFBNB se coloca veementemente contra mais esse reajuste!