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Diretora da AFBNB, Rita Josina, acompanha a explanação da presidente da Camed, Andréa Cavalcanti

A Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB), representada pela sua atual presidente eleita para o triênio 2011/2013, Rita Josina, esteve ontem (21) presente à reunião na sede da Caixa de Assistência Médica dos Funcionários do Banco do Nordeste (Camed). A reunião foi pautada pela apresentação de um balanço geral do ano de 2010 na Caixa Médica, bem como de suas perspectivas de planejamento e estratégia para os próximos anos. 

A apresentação principal foi ministrada pela presidente da Camed, Andréa Cavalcanti. Ainda fizeram explanações a diretora Administrativa e Financeira da Caixa Médica, Luiza Holanda, e o diretor de Promoção e Assistência à Saúde, Luciano Comin. Nas palavras de Andréa, o balanço geral do ano de 2010 deve ser publicado “possivelmente” em fevereiro de 2011.

Durante a explanação, a presidente da Camed fez um levantamento das receitas e das despesas das diversas empresas do Grupo Camed durante todo o ano corrente. A Camed Saúde, a Camed Corretora e a Creche Paulo VI deram resultados positivos, ao passo que a Camed Vida e a Clínica Med apresentaram balanços deficitários. O maior lucro observado foi o da Camed Saúde: R$ 75 milhões. À primeira vista, parece um resultado deveras auspicioso. No entanto, ao se analisar com maior minúcia os números reais, se perceberá que esse lucro somente foi possível por conta do aporte de R$ 96 milhões do BNB para garantir uma resolução da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Analisando o resultado do ano sem a vultosa quantia injetada pelo Banco, a Camed terminaria o ano com um déficit da ordem de R$ 20 milhões. Um senhor déficit, vale ressaltar. De acordo com a presidente Andréa, o aporte do BNB foi essencial para sanar as finanças da Camed, que estavam desajustadas. Contudo, a presidente antecipou que o montante injetado pelo Banco foi algo atípico e que a Caixa Médica deve trabalhar para operacionalizar e autosustentar-se sem recorrer a ajudas como essa.

Para os próximos anos, segundo Andréa, já há um planejamento estratégico, com objetivos específicos traçados para a Camed Saúde (no total de 7) e para a Camed Vida (9 no total) que visam à mitigar os resultados negativos no balanço contábil e procuram elevar o nível de satisfação dos beneficiários. A intensificação na saúde preventiva; a sustentabilidade nas contas; a retenção e a atração de pessoal; garantia de lucratividade; redução de custeio; e um incremento na tecnologia de informação são também objetivos pretendidos para a Caixa Médica para os próximos anos. 

Entendimento da AFBNB

Para a diretora da AFBNB, Rita Josina, esta reunião foi importante pela oportunidade de reunir a Diretoria e o Conselho Fiscal da Caixa Médica do BNB, além das entidades representativas, AFBNB e AABNB, “para discutir sobre a situação atual da Camed”. De acordo com Rita, eventos dessa natureza precisam acontecer com maior freqüência e transparência, uma vez que o conhecimento da situação da Camed é de fundamental interesse para a AFBNB e seu conjunto de associados. A diretora ainda enfatizou que, de acordo com o que foi apresentado, além de várias ações já implementadas, a Caixa Médica ainda precisa de ajustes, mas a expectativa é que, dentro dessa política de reformulação por uma Camed melhor, o beneficiário deva ser o mais atingido positivamente. 

Neste sentido, a AFBNB entende que toda e qualquer medida a ser adotada doravante pela Camed deve preservar de consequências negativas seus beneficiários, os mais atingidos pela política de aumento de taxas dos últimos anos. Para o diretor da AFBNB, Dorisval de Lima, no que concerne à Camed, é preciso “atacar a raiz do problema” e blindar os beneficiários, ou seja, que os posteriores desdobramentos com tal ataque no cerne do problema não ricocheteiem, de maneira alguma, nos associados da Caixa. Que fique claro: a AFBNB é intransigente ao não aceitar possíveis aumentos de contribuição dos beneficiários nesse plano estratégico da Camed para os próximos anos.