Diante do impasse nas negociações, funcionários e empresas aéreas se reunirão hoje Ministério Público do Trabalho, em Brasília.
Os trabalhadores ameaçam entrar em greve no dia 23 se não receberem reajustes de 13% a 15%, a depender da faixa salarial.
As empresas insistem em fazer o reajuste pela inflação (de 6,08%, de acordo com INPC) e dizem que já concederam o aumento, incorporado ao 13º e ao salário de dezembro.
Já para se precaver da crise de imagem em uma possível greve, as empresas aéreas, por meio do Sindicato Nacional de Empresas Aéreas (Snea), prepararam um comunicado oficial.
“O Snea lamenta a intransigência dos sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas e espera que, evitando a radicalização, não prejudiquem aos passageiros e suas famílias’’, diz o texto.
A Snea diz ainda que, além dos 6,08% de aumento, nos últimos cinco anos os trabalhadores do setor tiveram 6% de ganho real (33,8% de reajuste ante inflação de 26,7%).
As empresas dizem que não podem se comprometer com um reajuste maior, sob risco de demissões.
Segundo Carlos Camacho, diretor de segurança do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a insatisfação também é grande com a sobrecarga de trabalho.
Para ele, qualquer que seja a adesão a uma eventual greve, o potencial de causar transtornos nos aeroportos neste fim de ano é enorme, já que as companhias aéreas trabalham sem nenhuma folga com relação a tripulação. (da Folhapress)
NÚMEROS
15
PERCENTUAL
É o percentual de aumento reivindicado pelos trabalhadores da aviação
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