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Notícias

  08/12/2010 

Reunião da OTAN: o imperialismo se demonstra derrotado também no terreno militar

A reunião da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte, que reúne 28 países)  realizou-se no final de novembro e discutiu e traçou os planos quanto à ocupação do Afeganistão para o próximo período.

A ocupação, iniciada em 2001 após os ataques às torres gêmeas, não consegue “estabilizar” a região. Os grupos anti-ocupação continuam impondo duras derrotas ao imperialismo, contando com o apoio da população, cansada de tantos anos de opressão.

A Al-Qaeda não demonstra desgaste, chegando a atacar e destruir comboios inteiros de caminhões que levam mantimentos aos soldados da OTAN no fronte, tornando a guerra cada vez mais cara e pouco rentável.

Mas além da instabilidade militar no país, Obama e seus aliados passaram a conviver com a resistência interna de trabalhadores, em seus próprios países, contrários à ocupação. Os governos já vivem uma realidade de desgaste, por tanta perda de dinheiro dos cofres públicos em uma guerra que não faz sentido e principalmente, pelas mortes de jovens, que já somam 2.200 soldados, dentre estes 1.395 norte-americanos e 825 de outras nacionalidades.

O imperialismo está em um impasse que a cada dia fica mais difícil de ser solucionado. Obama, eleito com o discurso da “mudança”, atua tal qual Bush, tanto que aumentou o efetivo em 30 mil homens no Afeganistão.

Discurso de ocupação, mas mantendo os militares em seus postos

Apesar da resistência, os chefes de Estado presentes na reunião determinaram um elástico prazo para o fim da ocupação -2014-, mas que os investimentos militares continuarão até que se assegure que o país esteja livre de terroristas e estabilizado politicamente. Em outras palavras: a ocupação só terá fim quando os EUA e o conjunto do imperialismo estiverem certos de que seus interesses continuarão prevalecendo na região,

Anders Fogh Rasmussen, secretário geral da OTAN, declarou após o fim da reunião “Não prevejo que os soldados da ISAF (missão da Otan) tenham papel de combate além de 2014. É claro que isso será válido desde que a situação de segurança nos permita assumir um papel mais de suporte”. A ONU obviamente defende a mesma tática da aliança bélica, e seu secretário geral fez declarações no mesmo sentido: “a transição deve ser moldada pela situação de segurança, e não por cronogramas”

O imperialismo aposta na formação de um grande exército nacional, que defenda os seus interesses dentro do país. Para isso, precisa alterar o modo como a própria população enxerga o governo de Hamid Karzai, considerado corrupto e fantoche nas mãos estrangeiras. O presidente afegão terá que reverter o aprofundado quadro de deserção no exercito burguês do país, resultado da situação que pressiona os jovens soldados a deixarem um exército que age justamente contra suas famílias.

O imperialismo contra a parede pela ocupação

Mas a burguesia tem interesses nesta invasão. É uma fonte de justificativas para o investimento na indústria bélica e de renda para empresas que atuam na “reconstrução” das regiões destruídas.

A resistência se fortalece e impõe derrotas ao imperialismo, deixando os governantes divididos entre a obrigação de adotar um discurso pelo fim da guerra e, ao mesmo tempo, mantê-la.

Os trabalhadores de todo o mundo devem apoiar a resistência dos trabalhadores afegãos.
Fonte: Movimento Revolucionário
Link: http://www.movimentorevolucionario.org/internacional/otan_2010.html
Última atualização: 08/12/2010 às 14:43:00
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