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Notícias

  06/12/2010 

Realidades díspares no Banco do Nordeste?

O mês de novembro se encerrou com uma notícia alvissareira para o Banco do Nordeste: a instituição constou entre as “15 maiores empresas como uma das melhores para trabalhar no Brasil”. A classificação foi dada pela consultoria internacional Great Place to Work, dos Estados Unidos, com atuação em 45 países.

A notícia foi amplamente divulgada pelo Banco, que sem dúvida tem seus méritos, e deve ter deixado muita gente feliz e orgulhosa. Por outro lado, muitos funcionários do Banco não se consideram tão satisfeitos assim. Isso porque existem diferentes realidades dentro do BNB: entre agências e a Direção Geral; entre unidades das capitais e do interior; entre comissionados e não comissionados...

As reclamações que nos chegam são constantes: extrapolação da jornada de trabalho, agências com estruturas físicas abaladas; falta de critérios nos comissionamentos e descomissionamentos; maquinário ultrapassado... Podemos citar como exemplo a situação do Posto Pronaf da agência Fortaleza Centro onde são visíveis problemas quanto à estrutura física com espaço inadequado para a quantidade de pessoas, o que tem gerado vários transtornos; além disso, o trabalho fora do horário.

Segundo informações do site da consultoria responsável pela seleção das empresas, a colocação é resultado de uma “pesquisa baseada em duas avaliações: uma com os funcionários, que respondem de forma voluntária e anônima a um questionário sobre o ambiente de trabalho (por meio do qual descrevem a realidade da empresa e explicam o que consideram único e diferenciado em seu ambiente de trabalho e que responde por 67% do cálculo da média final) e outra com a própria empresa (gestão), que detalha as suas melhores práticas e benefícios para a excelência do ambiente de trabalho. Além disso, há também auditorias realizadas por consultores do Great Place to Work. Esse processo de classificação resulta em um estudo internacional considerado um dos mais importantes do mundo”.

No posto Pronaf da agência Fortaleza Centro certamente o questionário não foi aplicado, como também não deve ter sido em várias unidades do Banco. Do contrário, seriam identificados casos de desconforto e condições inadequadas para o trabalho, danos e assédio moral, extrapolação da jornada sem o devido ou integral pagamento das horas extras, falta de critérios transparentes para comissionamentos, privilégios etc etc.

Ao que parece, existem dois bancos em um só: um onde os trabalhadores têm plano de saúde com a rede de atendimento de primeira qualidade e outro onde quem necessita de serviços médicos precisa se deslocar para outras cidades em busca de atendimento; um onde o funcionário tem a plena condição de avaliar seu ambiente de trabalho como nota 10 e outro em que até acontecem casos de adoecimento pelo fato da realidade ser exatamente o contrário...

Pelos relatos de funcionários e também pelo que a AFBNB constata quando das visitas às agências para interagir com os associados, ainda falta muito para que de fato as condições de trabalho, bem como a estrutura de funcionamento do banco se configurem integralmente como elementos para classificação da natureza ora festejada. Talvez, e é o que esperamos, o feito seja a sinalização de uma oportunidade para que iniciativas sejam tomadas neste sentido. É importante festejar, mas só fará sentido quando houver a plena satisfação de funcionários de todos os segmentos do banco: Direção geral, agências, demais unidades e Gestão - e isto passa também por uma política de recursos humanos transparente, com regras claras para fundamentar a movimentação de pessoal (transparência, comissionamentos, promoções etc) e com respeito à isonomia, o que infelizmente não está sendo possível no BNB.

A estatística deve ser tratada com rigor técnico e científico, formulada adequadamente nas hipóteses e, principalmente, a amostra do universo (BNB). É de se afirmar que tenha havido viés neste processo e a pesquisa concentrou-se nos que: não sofrem assédio moral; trabalham em um ambiente com segurança e higiene, adequado e humanizado; são remunerados com gordos salários; não são prejudicados em seus direitos por falta de isonomia; seus rendimentos não são regidos por um Plano de Cargos e Salários tão rebaixados; seu plano de saúde o trata como de primeiro mundo...

Portanto, a AFBNB extraindo opiniões do cotidiano de sua base e no mínimo, salvo esclarecimentos maiores, só deve questionar os princípios técnicos e valores desta pesquisa. Se esclarecidos, será uma reversão em nossa avaliação. Ou permanece a opinião de que existam dois Bancos em um só, duas amostras estatísticas de funcionários.
Fonte: AFBNB
Última atualização: 06/12/2010 às 14:45:00
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