A pergunta é recorrente: até quando teremos assédio moral no BNB? A questão não é nova, não é de agora. Vem de longa data e parece não receber o tratamento de enfrentamento adequado. É sempre assim: quando pensa-se que o problema já é coisa do passado no Banco, surge um novo caso para rememorar os funcionários de que esse vilão está mais perto do que se imagina.
O assédio moral é um vil ataque aos direitos do trabalhador. Esse vilão humilha, denigre e desumaniza o assediado. Ademais, assalta uma das maiores garantias que aquele pode gozar em seu ambiente de trabalho: a liberdade. Sob a pressão do assédio, o trabalhador se vê em apuros, acossado contra a parede, algemado a metas abusivas que, no caso do BNB, não condizem com um banco público de desenvolvimento.
Há anos a AFBNB vem batendo na mesma tecla de combate a essa praga, que parece não ter fim no Banco do Nordeste. Incontáveis documentos, reuniões com o Banco, materiais impressos e ações políticas vêm sendo encampadas pela Associação nos últimos anos. No primeiro semestre de 2008, durante a 33ª Reunião do Conselho de Representantes da entidade, no Recife, foi lançada a Campanha “Quem faz o BNB merece respeito: Contra o Assédio Moral e o Trabalho Gratuito”. A campanha em destaque foi amplamente discutida pela diretoria da AFBNB nos fóruns e locais pertinentes à sua divulgação e ao trabalho de conscientização: reuniões com diretores do Banco, assembleias, agências, Congressos de Funcionários etc. Apesar de toda a campanha, pouca providência concreta foi levada a cabo para alterar esse quadro permissivo à propagação do assédio dentro do Banco.
O recente caso de assédio moral em Alagoas, no qual o Banco do Nordeste, após denúncia do SEEB-AL, foi notificado pela Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) a apresentar os seus normativos internos acerca da transferência de pessoal e do preenchimento de funções, tão-somente reforça a triste conclusão de que o Banco ainda não tem dado a importância devida a esse sério problema que ocorre entre suas paredes. Já está mais do que na hora de dar um basta definitivo a casos como esse no BNB.
Clique no link abaixo para ler a nota do SEEB-AL que fala sobre mais esse caso de assédio moral no Banco do Nordeste.
Assédio moral: Ministério Público já investiga o BNB |