A greve dos bancários no BNB começou no dia 29 de setembro, em consonância com o movimento nacional da categoria, após a intransigência da classe patronal. As assembléias em todo o país assim deliberaram, bem como deliberaram pela continuidade do movimento, a cada dia mais fortalecido com a adesão de novas agências, em âmbito nacional e no BNB.
A responsabilidade de convocar as assembléias e de conduzir politicamente o processo da greve é dos sindicatos e o de aprovar as propostas dos empregadores ou rejeitá-las, e assim deflagrar a greve ou não, é da base, reunida em assembléia. A AFBNB, enquanto entidade representativa dos funcionários do BNB em âmbito nacioanal, por considerar a importância legítima da greve e da luta dos trabalhadores, apóia efetivamente os funcionários durante a campanha salarial, participa de mobilizações e manifestações nas unidades, produz material para reflexão e motivação e das negociações com o Banco, sempre defendendo as demandas funcionais.
Assim o fez nesta campanha salarial, a exemplo de como procedeu nas demais. Retomado o processo de negociação, as entidades – entre elas a AFBNB e sindicatos – chegaram ao entendimento de que a proposta apresentada pelo Banco estava no limite, pelo menos para este momento. As entidades, então, após análise e debate, decidiram unanimemente orientar pela aceitação da proposta e consequentemente pelo fim da greve.
Entretanto, orientação não significa deliberação. A autonomia para tal é dos trabalhadores reunidos em assembléia. A Associação respeita e considera a assembléia como espaço legítimo e soberano tanto para deflagrar a greve, como – após análise das propostas – decidir pelo fim ou não do movimento. Nesse sentido, as bases que decidiram democraticamente pela continuidade da greve continuarão tendo o apoio desta Associação.
Por fim, enfatizamos que a responsabilidade política da condução do movimento e da convocação das assembléias é dos sindicatos, entidade política e juridicamente constituída para este fim. Assim devem proceder.
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