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Após o “racha” na Fenaban, divulgado na imprensa nacional e atribuído ao fato de não haver acordo na mesa única – de um lado os bancos públicos, querendo negociar com o intuito de resolver a questão e, assim, por fim à greve e de outro os privados, querendo “cozinhar” a greve – e após o Comando Nacional rejeitar a proposta feita na reunião de sábado, os bancos públicos marcaram para a tarde de hoje suas negociações.

Em âmbito nacional, a negociação prossegue na manhã de hoje, a partir das 11h. A proposta – oferecida após 11 dias de greve forte em todo o país – e rejeitada pelos bancários incluia reajuste de 9,82% para o piso salarial, 6,5% de reajuste para quem ganhasse até R$ 4.100 (e um valor fixo de R$ 266,50 para os salários superiores a esse valor). Propôs também 6,5% de reajuste para a PLR e todas as verbas salariais e auxílios.

Na reunião preparatória, iniciada há pouco, a AFBNB leva para os demais integrantes da Comissão os pontos que considera prioritários, dentre as principais bandeiras defendidas pela Associação: isonomia de tratamento, aumento do piso, revisão do Plano de Cargos e quitação dos passivos. Na reunião com o BNB, na tarde de hoje, a AFBNB estará presente e reforçará os pontos acima.

Além disso, a AFBNB manifesta publicamente seu desacordo com a política que vem sendo adotada nos últimos anos de compensação dos dias de greve. A greve é um direito legítimo e constitucional do trabalhador, só utilizada quando o diálogo não surte mais efeito. O ônus é da empresa – por forçar o trabalhador a entrar em greve. Portanto, as faltas decorrentes dos dias parados devem ser abonadas. A AFBNB espera contar com a mesma compreensão por parte dos sindicatos, de forma que rejeitemos qualquer proposta de compensação. Se o Banco insistir por tal procedimento, que o faça de forma unilateral, não com o consentimento das entidades representativas dos trabalhadores.