Fale Conosco       Acesse seu E-mail
 
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras


Saiu na Imprensa

  23/08/2010 

Faltam investimentos em capacitação e tecnologia

A presidente do Conpam, Maria Tereza Farias, lamentou ainda haver desinformação quanto ao potencial do semiárido durante o Icid %2b 18. Ela defendeu investimentos em capacitação e tecnologia para desenvolver o semiárido cearense.

Num folheto de cordel distribuído na entrada do Centro de Convenções do Ceará na última quinta-feira, trazia o verso: “É o encontro de cultura, de clima, de idioma que para o meu Ceará muita vantagem se soma, pois o semiárido é quase todo o seu bioma”. O encontro citado pelo poeta é a ferramenta principal do evento que reuniu na semana passada pesquisadores, estudiosos, trabalhadores, gestores públicos e vários outros personagens interessados em proporcionar soluções para o problema da desertificação em diversas regiões, entre elas o nordeste brasileiro.

“Os intercâmbios têm sido proveitosos porque são zonas com problemas iguais e aqui é possível trocar experiências”, afirma Maria Tereza Farias, presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente do Estado do Ceará (Conpam). Ela cita como exemplo a discussão entre os governos de Mendonza, na Argentina, e do Ceará para trabalharem áreas que sofrem com problemas similares. Na conversa, entraram temas relacionados a áreas de turismo, áreas protegidas, resíduos sólidos, monitoramento climático, entre outros.

Na análise de Maria Tereza, o Ceará tem melhorado em muitos pontos, mas ainda falta avançar em questões como capacitação e energia. “O Ceará não tem dificuldades de orçamento. O problema maior é a capacitação para práticas ambientais corretas e a disponibilidade de tecnologias aplicáveis”. Quanto à energia, ela defende que os prédios públicos e obras financiadas pelo governo deveriam aproveitar melhor a iluminação e ventilação natural.

Entre os pontos abordados durante o Icid + 18, Maria Tereza destacou o aumento das áreas protegidas para uso sustentável, para que o assunto “área protegida” não seja visto como um entrave para a atividade econômica. “Quantos produtos da caatinga podem agregar valor e ninguém vê?”, questiona citando como exemplo o artesanato usando cascas e sementes, entre outros.

Esquecida em relação a outras regiões brasileiras, como a Amazônia, a caatinga deixa de receber incentivos para o desenvolvimento de outras atividades diferentes das agrícolas. “Por que só levar agricultura para o homem do campo? É preciso gerar um pensamento de valorização da caatinga com atividades de teatro, dança, vídeo, cinema, folclore. A cultura é uma das melhores formas de educar os mais velhos. É difícil mobilizar as pessoas para a preservação da caatinga. Só quem valoriza aqui somos nós mesmos. É como se a Amazônia fosse para preservar e a caatinga e o cerrado para degradar”, finalizou a presidente do Conpam.

Fonte: O Povo
Última atualização: 23/08/2010 às 10:07:00
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras

Comente esta notícia

Nome:
Nome é necessário.
E-mail:
E-mail é necessário.E-mail inválido.
Comentário:
Comentário é necessário.Máximo de 500 caracteres.
código captcha

Código necessário.
 

Comentários

Seja o primeiro a comentar.
Basta preencher o formulário acima.

Rua Nossa Senhora dos Remédios, 85
Benfica • Fortaleza/CE CEP • 60.020-120

www.igenio.com.br