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Saiu na Imprensa

  18/08/2010 

Desigualdade impede que PIB do CE cresça 7,2%

Economia do Ceará poderia movimentar R$ 4,2 bilhões por ano a mais se renda fosse dividida mais igualmente.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará poderia ser 7,2% superior, caso o Estado tivesse índice de desigualdade semelhante ao de Santa Catarina. Ou seja, a economia cearense poderia movimentar R$ 4,2 bilhões a mais por ano, e a renda de cada indivíduo poderia ser acrescida em R$ 41 por mês. Essas são estimativas que constam no estudo "O Custo da Desigualdade no Ceará", do Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP) da Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (Caen-UFC), que foi divulgado ontem.

Os cálculos levam em conta dados de 2008, quando o Ceará era o 11º Estado com maior desigualdade de renda. Se chegasse ao nível de Santa Catarina, que era o 26º, a desigualdade cearense seria reduzida em 14,5% e a renda cresceria 11,64%.

Segundo o economista Flávio Ataliba, coordenador do LEP/Caen, se o Ceará conseguir reduzir a desigualdade em 10%, a renda média deve subir 8% no Estado. "Os dois têm relação inversa. Um Estado com maior desigualdade tende a ter menor renda", explica.

A renda média do cearense era de aproximadamente R$ 352 em 2008 e estava entre as três mais baixas do Brasil. Além disso, o PIB do Estado não chega a 2% do PIB nacional.

O estudo aponta que o Ceará poderia ter um nível de produção mais alto com a mesma mão-de-obra e o mesmo capital disponíveis hoje, desde que a desigualdade fosse menor. "O nível de desigualdade que temos prejudica a eficiência econômica do Ceará", diz Flávio Ataliba.

Para o economista, é preciso chamar atenção à redução da desigualdade não só pelas questões humanísticas, sociais e éticas que a envolvem, mas também pelo impacto econômico que ela traz.

Consequências

Entre outros problemas causados pelo elevado índice de desigualdade, o estudo aponta o surgimento de atividades ilícitas, o aumento nas despesas improdutivas (como segurança pública), a restrição de crédito, a presença de maior carga tributária, a criação de instabilidade político-institucional e o tamanho do mercado interno. "Desenhar e implementar políticas que possam incrementar a renda dos mais pobres é uma questão fundamental no processo, pois, além de propiciar de forma direta o aumento da renda da economia, gera também ganhos indiretos pela queda da desigualdade", diz o estudo.

O objetivo do LEP é que o estudo integre um documento que será entregue em setembro aos candidatos a governador do Ceará. "O ponto central dessa agenda é chamar a atenção para a importância da queda da desigualdade", explica Ataliba.

Fonte: Diário do Nordeste
Última atualização: 18/08/2010 às 08:25:00
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