Apresentar a terceira menor taxa de desemprego entre as regiões metropolitanas não se reflete positivamente no nível de salário dos trabalhadores da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). De acordo com a PED, os trabalhadores da RMF têm o pior rendimento médio real (R$ 806) na comparação com seis regiões metropolitanas e com o Distrito Federal.
O valor médio pago em Recife é de R$ 828 e em Salvador é R$ 1.100, enquanto as mais altas médias de salários chegam a R$ 1.342 em Belo Horizonte, R$ 1320 em São Paulo e R$ 1.912 no Distrito Federal.
O resultado mostra que as relações de trabalho na RMF ainda são de precariedade, de acordo com a análise do coordenador estadual do Sistema Nacional do Emprego (Sine/CE), Ary Célio Mendes. “O nosso mercado ainda está muito embasado nas relações de precariedade. 56% dos trabalhadores estão empregados sem carteira assinada ou são autônomos”, destacou.
Segundo Mendes, a tendência é de que com a atração de grandes empreendimentos para o Estado, a formalização e os salários comecem a aumentar.
Mardônio Costa, analista do IDT, aponta que com o aumento do número de postos de trabalho com carteira assinada, começa a surgir um emprego com mais qualidade.
“Ainda estamos atrás na qualidade de emprego na comparação com outras regiões metropolitanas, mas estamos avançando. Já podemos observar aumento do emprego e dos salários”, destacou.
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