A política macroeconômica brasileira tem se concentrado principalmente na distribuição de renda. Aproximadamente, 50% do gasto primário federal é com esse tipo de política, de acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Henrique Barbosa Filho.
Entre 2002 e 2010, o nível de transferência de renda passou de 6,6% do PIB para 9% em 2009 e em 2010. No mesmo período, segundo o Banco Central do Brasil (BCB), as receitas primárias líquidas foram de 17,9% para 19,8%. “O aumento da carga tributária foi revertido em transferência de renda”, disse.
Para o Nordeste, a distribuição tem sido acentuada e tem proporcionado um rápido crescimento, segundo ele. “Tem propiciado um crescimento mais rápido do Nordeste, mas também do resto do Brasil. A velocidade de convergência está tão elevada porque o País como um todo também tem crescido”.
Barbosa palestrou ontem durante o painel “Política de Desenvolvimento no Brasil e na América Latina” no XVI Fórum BNB de Desenvolvimento.
O assessor destacou que desde 1999 a política macroeconômica do País foca em três pontos principais: controles de metas de inflação, câmbio flutuante e metas fiscais. As metas de inflação priorizam aceleração do crescimento e redução na taxa real de juro. O câmbio flutuante é garantido com a acumulação de reservas externa. As metas fiscais dizem respeito ao aumento nas transferências de renda e combate a pobreza.
|