A Lei Ficha Limpa tem multiplicado os pedidos para que a Justiça Eleitoral exclua das eleições deste ano políticos ficha-suja. Até hoje, 1.614 contestações de candidaturas tinham sido protocoladas em Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de 15 Estados.
Grande parte delas questiona a participação de políticos condenados por tribunais ou que renunciaram para escapar de cassações.
A Justiça Eleitoral tem até 19 de agosto para analisar as contestações. O número de questionamentos deve ser muito maior, já que ainda não começaram a ser impugnadas as candidaturas do Estado de São Paulo, que tem mais de 3 mil políticos registrados.
Entre os que correm o risco de ficar de fora da disputa em várias regiões estão políticos conhecidos como o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) e os ex-governadores Anthony Garotinho (RJ), Joaquim Roriz (DF), Jackson Lago (MA), Ronaldo Lessa (AL) e Marcelo Miranda (TO).
Mesmo que a Justiça Eleitoral rejeite as candidaturas dos fichas sujas, os políticos poderão fazer campanha e até ter os seus nomes incluídos na urna eletrônica. Mas disputarão por conta e risco. No futuro, poderão ter suas candidaturas cassadas. Em Goiás, o Ministério Público Eleitoral registrou recorde de pedidos de impugnação de 180 candidatos. Em Manaus, a Procuradoria do Amazonas encaminhou ao TRE, o total de 117 impugnações.
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