Falta responsabilidade nos três níveis de governos, federal, estadual e municipal, no sentido de promover o desenvolvimento econômico sem agressões ao meio ambiente. O sentimento foi consensual entre os especialistas que participaram ontem do 1° Encontro Cidades e Mudanças Climáticas, no Rio de Janeiro.
O evento teve como objetivo reafirmar a necessidade de conscientização política e cidadã sobre a causa ambiental, levando em conta a atuação da comunidade acadêmica e das empresas na busca por soluções que garantam o bem-estar social, diminuindo às agressões à atmosfera.
A pesquisadora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) Suzana Kahn, observou que se terá de aprender a lidar com restrições cada vez mais severas em relação às emissões de poluentes na atmosfera, à eficiência de combustíveis e ao modelo tecnológico utilizado na mobilidade urbana.
Já o assessor especial da Prefeitura do Rio de Janeiro e membro do conselho diretor da WWF-Brasil, Sérgio Besserman Vianna, disse que o mundo está demorando para agir: “Todos no mundo estamos muito atrasados em termos de planejamento, mobilidade e adaptação” (às mudanças climáticas).
Vianna acredita que só o conhecimento poderá dar respostas às questões do futuro. Ele enfatizou que é preciso apoiar os centros de produção de conhecimento, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), para que se produza um mapeamento e se planeje cidades com políticas de defesa do meio ambiente.
A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Branca Americano, reconheceu que são atuações do Governo criar e incentivar políticas públicas que priorizem a questão da sustentabilidade.
De acordo com a secretária, o ministério trabalha para que as empresas ofereçam alternativas ambientalmente responsáveis e que a maior parte dos estudos feitos na secretaria conta com a colaboração das universidades. (das agências de notícias)
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