Saiu na Imprensa

Sergipe aprovam movimento nacional pela isonomia

Reunidos no último sábado no auditório do Sindicato dos Bancários da Bahia, funcionários da Caixa, Banco do Nordeste e Banco do Brasil aprovaram o lançamento de um movimento nacional pela isonomia nos bancos públicos. O movimento terá como foco a equiparação de direitos dos concursados após 1998, com caráter suprapartidário e acima das divergências sindicais.

No seminário, organizado pela Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, trabalhadores das bases dos sindicatos de Jequié, Conquista e Região, Irecê, Itabuna, Sergipe e Bahia decidiram pela intensificação do movimento pela isonomia. O primeiro passo será a realização de uma grande campanha pela aprovação do projeto de Lei 6259/05, de autoria do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB- BA), que garante a igualdade de direitos entre os empregados dos bancos públicos. “O PL está na Comissão de Trabalho da Câmara pronto para ser votado. Os bancários podem acelerar este processo com manifestações para pressionar os parlamentares a votarem logo a matéria”, afirmou o Daniel Almeida durante o seminário.

Os trabalhadores decidiram também fazer uma campanha de filiação dos pós 98 nos sindicatos e associações, estimular os sindicatos a ingressar com ações judiciais para assegurar o direito dos pós 98 do BNB na Capef e potencializar a luta em defesa do papel público dos bancos estatais.
Para o presidente da Feebbase, Emanoel Souza, “o encontro foi muito positivo, em especial, porque a resolução de construir um movimento nacional pró-isonomia coloca nas mãos destes bancários (pós 98) a tarefa de lutar pelos seus direitos”, disse.
 

Igualdade de direitos
 
Restabelecer a igualdade de direitos entre os funcionários dos bancos públicos é uma das bandeiras da campanha salarial da categoria. Os trabalhadores sabem que este é um mecanismo importante para o fortalecimento dos bancos estatais contra possíveis projetos de privatizações. “A diferença ocorreu exatamente na tentativa de privatizar estas instituições e acabar com o papel social que o Banco do Brasil, a Caixa e o BNB desempenham”, ressaltou o deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB).

A luta é pela revogação das resoluções nº 9, de 30/05/95 e nº 10, de 08/10/96 do Conselho de Coordenação e Controle das Estatais – CCE/DEST, que retirou uma série de diretos dos trabalhadores que ingressaram nos bancos públicos a partir de 1998. A licença-prêmio e o anuênio são alguns dos benefícios negados aos pós 98.

O seminário pela isonomia contou ainda com a presença do coordenador da Comissão Nacional de negociação do BB, Marcel Barros, do diretor da Fenae Daniel Gaio e de Rosane Almeida da ANABB.