Realizada em um único dia, sábado, em Salvador, a 11ª Conferência Interestadual dos Bancários da Bahia e Sergipe, que vale registrar foi muito proveitosa e objetiva, teve como principal decisão a luta por aumento real de salário durante a campanha salarial que está começando. A proposta unifica todas as forças políticas da categoria, cuja data-base é setembro.
O índice aprovado pelos bancários dos dois estados, a ser encaminhado para apreciação na Conferência Nacional, prevista para o período de 17 a 19 de julho, em São Paulo, é de 15%. Esse percentual inclui 5% de recomposição das perdas do período mais 10% de aumento real.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes Neves, explicou que o índice de 10% de aumento real expressa a vontade da base da categoria, que respondeu em massa a consulta feita pela entidade. Ele acrescentou que os bancos ainda têm “muita gordura para queimar”. Lembra que a Selic vem sendo reduzida mensalmente, enquanto os spread (juros bancários) permanecem elevados, assim como as “exorbitantes” taxas cobradas pelos serviços. Sem falar, como faz questão de salientar, nos baixos salários e nas precárias condições de trabalho. “Dinheiro é o que não falta para os banqueiros”.
Outro ponto que vai ganhar destaque especial na campanha salarial deste ano é o combate ao assédio moral. O problema tem se agravado consideravelmente nos últimos tempos e a categoria não abre mão de impor limites, de forma clara, no Acordo Salarial a ser firmado.
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