Ao fugir da convocação da Câmara dos Deputados, Febraban mostra desinteresse pelo tema.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) mostrou que não está nem aí para a inclusão de negros, mulheres, homossexuais e pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Alegando problemas de agenda, os representantes dos bancos não compareceram à audiência pública realizada na quarta, dia 27, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que discutiu a retomada das atividades do grupo de trabalho sobre a diversidade dos bancários.
“Os bancos demonstraram que não têm vontade nenhuma de resolver o problema da desigualdade no mercado de trabalho bancário. As mulheres negras, em geral, ocupam lugares precários nos bancos e a situação ainda é muito pior nas terceirizadas”, lamentou, durante sua fala na Câmara dos Deputados, a diretora da Contraf-CUT Deise Recoaro, que representou os bancários na audiência.
A diretora do Sindicato Neiva Ribeiro dos Santos, que assistiu à audiência, conta que todos os participantes ficaram chocados com o desinteresse da Febraban e fizeram críticas veementes contra os bancos. “Os próprios parlamentares reclamaram que as instituições financeiras não querem construir um processo de inclusão das minorias no mercado de trabalho”, disse Neiva.
Os bancários e os parlamentares esperavam que os bancos finalmente apresentassem os resultados do Mapa da Diversidade, pesquisa realizada no ano passado.
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